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Publicado em 29/12/2025 às 21h58.

Tarifa de ônibus em Salvador terá novo reajuste em 2026, diz Bruno Reis

Prefeito afirma que ainda irá se debruçar sobre os dados para definir novos valores

Raquel Franco / Carolina Papa
Foto: Betto Jr./Secom

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), detalhou as projeções para o valor das passagens de ônibus na capital, sinalizando que novos reajustes ocorrerão nos próximos anos. Segundo o gestor, a atualização dos valores é uma imposição jurídica. Ele afirmou que ainda irá se “debruçar” sobre os dados para definir os percentuais exatos, mas reforçou que a medida é necessária para o equilíbrio da concessão.

“Existe um contrato de concessão que regulamenta. É uma fórmula paramétrica que analisa e pesa o período, analisa a correção do diesel e estabelece esse reajuste”, afirmou em entrevista coletiva durante o Festival Virada Salvador nesta segunda-feira (29).

Bruno explicou que a diferença entre o que o passageiro paga e o custo real da operação, justificando a necessidade do apoio financeiro da prefeitura. “A tarifa lá na porta é R$ 5,60, que é a tarifa pública. Só que a tarifa técnica que custeia o sistema é R$ 6,19. Isso significa o quê? Que cada passageiro transportado da prefeitura está pagando 59 centavos”, afirmou.

Para ilustrar o impacto orçamental, o prefeito apresentou as contas. “Aí você pega 14 milhões de passageiros, multiplica por 59 [centavos], multiplica por 12, você vai ver qual é a conta da prefeitura”. Ele confirmou que a estratégia de subsídios deve continuar no longo prazo. “Vai ter o reajuste na tarifa técnica e na tarifa pública e em 2026 a gente vai ter que pagar o subsídio a diferença”, disse.

O prefeito comparou a situação do transporte a outros contratos municipais, como o da limpeza pública, que também passam por correções anuais para manter o equilíbrio financeiro. “Quando vence, completa o seu aniversário, tem que dar o reajuste do período”, afirmou. Apesar da clareza sobre a necessidade do aumento, Bruno ressaltou que os cálculos específicos ainda serão analisados. 

Raquel Franco
Natural de Brasília, formou-se em produção em comunicação e cultura e em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é fotógrafa formada pelo Labfoto. Foi trainee de jornalismo ambiental na Folha de S.Paulo.

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