Publicado em 14/07/2020 às 12h17.

Prefeitos se queixam que o grande problema é a desobediência do povo

"Todos os dias vou ao rádio, faço lives, peço que fique em casa, mas uma parcela da população resiste"

Levi Vasconcelos
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

Ricardo Mascarenhas (PP) – foto, prefeito de Itaberaba, já decretou lockdown, mantém restrições, como o toque de recolher há mais de 15 dias e diz que tem tido apoio do governo, como 10 leitos de UTI e 20 clínicos. E aí, está ganhando ou perdendo a guerra contra a Covid?

— Empatando. O meu grande problema aqui é o povo, que não ajuda. Todos os dias vou ao rádio, faço lives, peço que fique em casa, mas uma parcela da população resiste.

Ele tem lá hoje 435 registros, 224 casos ativos e 196 curados, mais 11 óbitos. Ele também é candidato à reeleição e por consequência está de olho nas urnas, onde deve enfrentar o tio e ex-padrinho João Filho (PL), mas diz não estar ligado nisso:

— Minha campanha é contra a Covid, salvar vidas.

Conexão paulista

Esse painel, o povo sem obedecer, não em festas ou aglomerações comemorativas, mas no ir e vir do dia a dia, é generalizado, ficou evidente nas videoconferências que Rui Costa tem feito com prefeitos dos quatro cantos da Bahia.

Rui prometeu reforço policial em alguns casos, pediu a manutenção do toque de recolher, mas ninguém sabe onde vai dar a guerra. Em São Paulo, o governador João Dória recebeu até ameaça de desobediência civil e acabou flexibilizando. Isso tem tudo a ver com a Bahia: muitos baianos estão voltando de São Paulo em transportes clandestinos e infectando cá.

O Coronavírus já chegou em 397 dos 417 municípios baianos. Ainda está ativo em 359 e registra óbitos em 205.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.