Publicado em 24/01/2022 às 18h19.

Projeto amplia ação de policiais na internet para combate à pedofilia

Projeto autoriza a infiltração de policiais com o objetivo de investigar crimes de registro não autorizado

Redação
Foto: Reprodução/Instituto Coaliza
Foto: Reprodução/Instituto Coaliza

 

Está em análise no Senado um projeto que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990) para autorizar expressamente a infiltração de agentes de polícia na internet com o objetivo de investigar crimes de registro não autorizado da intimidade sexual e de divulgação de cena de sexo ou pornografia sem consentimento da vítima ou de cena de estupro.

Esse projeto de lei (PL 2.891/2020) foi apresentado pelo senador Marcos do Val (Podemos – ES) e está em fase de recebimento de emendas na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado.

A regulamentação das ações de policiais que se infiltram na internet para investigar crimes contra a liberdade sexual de criança ou adolescente já existe e foi estabelecida pela Lei 13. 441/2017 —  que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente e definiu normas, como a relativa à autorização judicial fundamentada para que agentes policiais possam se infiltrar anonimamente nas redes sociais e salas de bate-papo na internet com o intuito de obter informações e impedir a ação de pedófilos. Esse tipo de ação policial pode ser usado para combater diversos crimes, como pedofilia, invasão de dispositivo informático, estupro de vulnerável, corrupção de menores e lascívia mediante presença de criança ou adolescente. No entanto, outros crimes não entraram nessa lista, pois passaram a ser previstos somente no ano seguinte à publicação da Lei 13.441/2017.

Se o projeto for aprovado, a infiltração poderá ser utilizada para investigar quem produzir, fotografar, filmar ou registrar conteúdo de nudez, ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes e também quem oferecer, trocar, transmitir ou colocar a venda conteúdo que contenha cena de estupro ou que faça apologia ou conteúdo que contenha cena de sexo, nudez ou pornografia sem o consentimento da vítima.

Depois de passar pela CSP, o texto ainda será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do Senado. Se passar e não houver recurso solicitando análise da matéria no Plenário do Senado, a proposta seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.

Com informações da Agência Senado

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