Publicado em 19/12/2019 às 07h35.

Projetos bolsonaristas de Alexandre Aleluia esbarraram em ACM Neto nos últimos anos; relembre

Prefeito de Salvador deve vetar mudança de nome da Escola Municipal Educador Paulo Freire

Breno Cunha
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba

 

Aprovado pela Câmara de Vereadores mesmo sem estar na ordem do dia aprovada por líderes, como acusa a oposição, o polêmico projeto de Alexandre Aleluia (DEM) que troca o nome da Escola Municipal Educador Paulo Freire para Escola Municipal José Bonifácio dificilmente terá a concordância do prefeito ACM Neto (DEM).

Isso porque Neto não tem se mostrado favorável às pautas bolsonaristas propostas por Aleluia no parlamento municipal. A oposição e parte da bancada do governo querem o veto integral à matéria contra Paulo Freire.

A retrospectiva anima a oposição. Em maio, o projeto de Aleluia que tratava sobre a educação domiciliar (homeschooling), curiosamente também votado de surpresa pelo plenário da Câmara, foi vetado pelo prefeito.

Antes disso, Neto criticou publicamente o projeto de lei “Escola sem Partido”, proposto pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, e encampado por Alexandre Aleluia em Salvador.

“Não existe que professor fazendo militância política. Vai censurar, monitorar o que o professor está falando em sala de aula? É descabido”, defendeu o prefeito em uma entrevista.

Em agosto de 2017, novamente ACM Neto entrou em rota de colisão com os pensamentos de Aleluia. O prefeito de Salvador se colocou publicamente contra a ação judicial do vereador para impedir a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) de conceder ao ex-presidente Lula o título de Doutor Honoris Causa.

“Não concordo”, falou Neto, dizendo em seguida que, apesar disso, “respeitava”. Na mesma ocasião, o democrata afirmou que tinha vetado recentemente um projeto de Aleluia “porque não concordava com o seu propósito”.

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