Publicado em 18/06/2020 às 16h34.

Queiroz pagou mensalidade das filhas de Flávio Bolsonaro com dinheiro vivo

Pagamento é uma das bases do pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro

Redação
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

O policial militar e ex-assessor Fabrício Queiroz pagou com dinheiro vivo uma mensalidade das filhas de Flávio Bolsonaro. Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18) e trabalhava no gabinete do filho de Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o pagamento é uma das bases do pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público do estado. Os investigadores identificaram o pagamento em espécie no caixa de um banco no mesmo horário, data e valor em que o boleto da escola das duas crianças foi quitado.

Os promotores do Grupo de Atuação Especializada do Combate à Corrupção (Gaecc) têm imagens do momento que Queiroz quitava os boletos, em outubro de 2018. No mês seguinte, ele foi demitido do gabinete de Flávio Bolsonaro.

O argumento dos investigadores é que o dinheiro usado por Queiroz nessa transação, assim como em outras, é fruto da “rachadinha” que ocorria no gabinete da Alerj. Também são investigados usos de recursos em espécie na compra de dois apartamentos em Copacabana, em mobiliário para apartamento na Barra da Tijuca, em depósitos na loja de chocolate de Flávio Bolsonaro e para pagamento de dívida junto a uma corretora para investimentos na Bolsa de Valores. Dinheiro em espécie foi usado também para quitar empréstimo feito pelo policial militar Diego Ambrósio, em uma das parcelas da compra de um imóvel para o agora senador.

Os promotores envolvidos no caso afirmam que essas transações eram forma de lavagem do dinheiro da “rachadinha”. Flávio é investigado desde janeiro de 2018 por suspeita de participar do esquema entre 2007 e 2018. Os crimes que podem ser atribuídos à prática são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

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