‘Quem colocou o Brasil de joelhos foi Bolsonaro’, diz Robinson Almeida

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) reagiu nesta quinta-feira (24) às declarações do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que responsabilizou o presidente Lula (PT) e sua política externa pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A medida americana tem previsão de entrar em vigor a partir de 1⁰ de agosto. Para o parlamentar petista, as críticas do prefeito são “infundadas” e revelam um alinhamento direto com a agenda bolsonarista, que enfraqueceu o Brasil internacionalmente e hoje ameaça a economia e os empregos do povo brasileiro.

“Bruno Reis, na prática, está defendendo o tarifaço contra o Brasil. Ele prefere proteger os interesses dos Estados Unidos e do bolsonarismo do que os trabalhadores e produtores brasileiros. Isso é vergonhoso”, afirmou Robinson.

A reação veio após Bruno Reis afirmar que as tarifas impostas pelos EUA seriam uma resposta à “postura equivocada” do governo Lula, citando a aproximação com “líderes extremistas” da Rússia e China, por exemplo, e declarações da primeira-dama Janja como parte da motivação para o desgaste diplomático com Washington.

Críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro

“Quem colocou o Brasil de joelhos no cenário internacional foi Bolsonaro, com apoio incondicional de Bruno Reis e ACM Neto. O país foi ridicularizado lá fora, perdeu credibilidade e mercados”, rebateu o petista.

Para Robinson, é Lula quem está recolocando o Brasil no cenário global, com responsabilidade, diálogo e respeito.

“Lula tem retomado parcerias comerciais, ampliado mercados, reaberto canais de diálogo com países estratégicos. O Brasil está recuperando o protagonismo global graças à postura do presidente Lula. Isso sim gera investimento e emprego. Enquanto isso, a oposição se limita a repetir o discurso entreguista e antipatriótico da extrema-direita”, enfatizou.

O petista também apontou o oportunismo político da declaração do prefeito, acusando Bruno Reis de abandonar os problemas estruturais da capital.

“Ao invés de culpar o governo federal, o prefeito deveria se preocupar com os problemas de Salvador: a mobilidade precária, a infraestrutura deficiente, a desigualdade social gritante e a incapacidade da prefeitura para atrair investimentos que gerem empregos. Falar de política externa parece mais um desvio de foco do prefeito para os problemas graves de sua gestão”, concluiu.