Publicado em 11/01/2025 às 20h30.

Randolfe Rodrigues classifica posse de Maduro como ‘ilegítima e farsante’

Líder do governo no Congresso condena o regime venezuelano, enquanto o Brasil envia embaixadora à cerimônia em ato de formalidade

Redação
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

O senador Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo no Congresso, classificou como “ilegítima e farsante” a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, ocorrida nesta sexta-feira (10).

“O governo venezuelano é uma Ditadura e a posse do senhor Nicolás Maduro, ocorrida hoje [sexta-feira, 10], é ilegítima e farsante. Um regime que desrespeita os Direitos Humanos, a alternância de poder e a soberania da vontade popular é um regime autoritário. Portanto, é dever de todo democrata, em qualquer lugar, condenar qualquer Ditadura, seja de direita ou de esquerda”, afirmou Randolfe em suas redes sociais.

O terceiro mandato de Maduro começa em meio a tensões internacionais, com países como Estados Unidos, Colômbia e Brasil não reconhecendo sua vitória, alegando falta de transparência no processo eleitoral.

De acordo com o governo venezuelano, mais de 120 países estavam representados na cerimônia, mas apenas os presidentes Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Daniel Ortega, da Nicarágua, compareceram ao evento.

A embaixadora Glivânia Maria de Oliveira representou o governo brasileiro na posse.

Em entrevista à CNN, o senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, explicou que o envio da embaixadora foi “um ato de formalidade”, já que o governo brasileiro já havia se posicionado sobre o resultado eleitoral na Venezuela, o que, segundo ele, “já azedou a relação”.

“Todo mundo sabe que a nossa relação com eles [Venezuela] não é boa. Agora, por enquanto, não há uma proposta de rompimento, então a embaixadora do Brasil está indo lá para assistir à posse, e evidentemente é um ato de formalidade”, disse Wagner.

Após as eleições venezuelanas de julho do ano passado, Brasil, Colômbia e México tentaram mediar um diálogo entre Maduro e a oposição, mas as conversas não avançaram.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou Maduro vencedor com mais de 50% dos votos, não divulgou as atas eleitorais, o que levou o governo brasileiro a não reconhecer a vitória.

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