Publicado em 20/09/2025 às 19h42.

Rejeição à PEC da Blindagem domina redes sociais com 83% de críticas, aponta Quaest

Segundo o monitoramento, quase metade das críticas (46%) foi direcionada ao presidente da Câmara, Hugo Motta; veja números

Redação
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

 

Um levantamento do instituto Quaest divulgado neste sábado (20) revelou ampla rejeição à PEC da Blindagem nas redes sociais. Entre os dias 16 e 19 de setembro, 83% das 2,3 milhões de menções registradas tiveram caráter negativo em relação à proposta aprovada pela Câmara, que amplia proteções a parlamentares contra prisões e processos criminais.

Apesar de alcançar, em média, 44 milhões de perfis por hora, o fluxo de 24 mil menções foi inferior ao do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal, que chegou a 44 mil por hora. Ainda assim, o debate superou outros atritos recentes entre Congresso e governo, como a polêmica sobre o aumento do IOF. O pico ocorreu na noite de 16 de setembro.

Segundo o monitoramento, quase metade das críticas (46%) foi direcionada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e à própria Casa legislativa. Parlamentares de esquerda e influenciadores digitais impulsionaram a pressão, com destaque para a hashtag #CONGRESSOINIMIGODOPOVO e vídeos satíricos gerados por inteligência artificial. Entre os alvos também esteve o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apelidado de “Tarcínico Pedágio”.

Do total, 40% das menções trataram das manifestações contra a PEC convocadas para este domingo (21), enquanto 12% destacaram mobilizações de artistas e figuras públicas. Outros 15% conectaram o tema a debates paralelos, como a anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o julgamento de Bolsonaro no STF.

Já as menções favoráveis à proposta representaram 17% do total. Nesse grupo, formado sobretudo por parlamentares e militantes bolsonaristas, prevaleceram críticas ao STF e acusações de supostos “excessos” da Corte. Defensores também relembraram decisões judiciais que beneficiaram lideranças da esquerda, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a Operação Lava Jato.

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