Publicado em 02/05/2022 às 10h37.

Rui alerta para aumento da desinformação após compra do Twitter por Musk

"Precisa ser acompanhado e precisa ser fiscalizado, não para restringir a democracia, mas para garantir a democracia", afirmou o governador

Mattheus Miranda
Foto: Fernando Vivas/Secom GOVBA
Foto: Fernando Vivas/Secom GOVBA

 

O governador do estado da Bahia, Rui Costa (PT), demonstrou, nesta segunda-feira (2), grande preocupação sobre o aumento da desinformação e disseminação de discursos de ódio no Twitter, após a venda da empresa para o bilionário Elon Musk, que se autodenomina “absolutista da liberdade de expressão”. Em entrevista à Rádio Oeste FM, o petista reforçou que é preciso ter cuidado com o poder que a venda da plataforma dará ao empresário.

“Ficamos preocupados quando o poder econômico, como grandes bilionários mundiais, começam a adquirir redes de comunicação que são muito populares no mundo.[…] Em outros países do mundo, quem tem o maior número de seguidores não é o Instagram e nem o Facebook, é o Twitter. Nos preocupa qualquer medida que seja antidemocrática ou que não filtre aquelas pessoas que usam a rede para distribuir calúnia, mentira e ataques.[…] A internet é uma ferramenta extraordinária criada pela humanidade, mas infelizmente muitos a utilizam para destruir a reputação dos outros.[…] Isso, evidente, precisa ser acompanhado e precisa ser fiscalizado, não para restringir a democracia, mas para garantir a democracia”, disse Rui

Ainda durante a entrevista, o governador relembrou que a propagação de notícias falsas estimulou o uso de medicamentos não indicados para combater a Covid-19. O fato foi citado por ele para justificar o estrago que a desinformação pode fazer em uma sociedade.

“Quando você divulga massivamente um falso remédio e induz milhares de pessoas a tomarem aquele medicamento, você não está informando, você está levando a pessoa a adquirir uma doença grave. Muitas pessoas hoje procuram a rede pública do estado para se tratar porque se entupiram daqueles remédios que o presidente Jair Bolsonaro (PL) mandava tomar: a tal da cloroquina ou ivermectina. Tem gente hoje com problemas sérios de fígado fazendo tratamento”, concluiu o petista.

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