Publicado em 02/03/2016 às 15h06.

Rui conversa com Lupi para retomar aliança e ‘roubar’ PDT de Neto

Governador rompeu com o partido em janeiro do ano passado devido ao apoio dado por pedetistas à administração do prefeito ACM Neto, em Salvador

Evilasio Junior
Foto: Reprodução/YouTube
Foto: Reprodução/YouTube

 

O governador Rui Costa (PT) tenta uma reaproximação com o PDT, partido com o qual rompeu em janeiro do ano passado, e para tanto teve uma conversa nesta terça-feira (1º) com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, em Brasília. “Nunca nos afastamos do governo. O PDT sempre deu apoio. Não teve afastamento. O fato novo é que tem uma nova conversa sobre eleições municipais, mas ainda não iniciamos as tratativas”, disse Lupi ao bahia.ba.

Em janeiro de 2015, Rui impôs como condição para a permanência do PDT no governo a saída dos pedetistas da administração do prefeito ACM Neto (DEM), em Salvador. De acordo com o Lupi, não houve diálogo com Neto sobre um possível rompimento. “Não teve essa conversa. Não discutimos ainda. Há vários cenários e ainda não se avançou sobre isso. Agora quem vai tocar é a executiva estadual”, afirmou o pedetista.

Presidente estadual do PDT, o deputado federal Félix Mendonça Jr. seguiu o discurso do correligionário, ao dizer que “conversas sempre existiram, nunca deixaram de existir”. “O PDT é um partido independente, que conversa com o prefeito e com o governador”, declarou.

Rui x Neto – Ouvidos, os três vereadores do PDT na capital baiana disseram esperar a manutenção do partido na base de apoio do democrata. Dois deles ameaçam abandonar a legenda. “Eu sou vereador de ACM Neto. O meu partido é ACM Neto. Se acontecer alguma movimentação, acompanho a orientação do prefeito”, afirmou Leandro Guerrilha. “Se o partido for todo para Rui, vou ter que ir [embora]”, disse Kiki Bispo. Guerrilha e Kiki se filiaram ao PDT em outubro do ano passado, por orientação do prefeito.

Mais antigo na sigla, que preside em Salvador, o vereador Odiosvaldo Vigas afirmou que o PDT “está fechado com ACM Neto”. “A direção estadual não pode impor isso porque há todo um entendimento com a executiva nacional de que o destino da eleição municipal é decidida pelo município”, disse Vigas.

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