Publicado em 16/06/2025 às 15h00.

Rui Costa defende taxação de 10% sobre super-ricos e isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Ministro da Casa Civil afirma que proposta do governo busca justiça fiscal e alívio tributário para trabalhadores de baixa renda

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

 

O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu nesta segunda-feira (16) o aumento da taxação sobre as grandes fortunas no Brasil, propondo uma alíquota de 10% para os chamados super-ricos. A declaração foi dada durante entrevistas a rádios de Salvador. Segundo ele, a medida faz parte de um conjunto de ações que também inclui a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais.

“O governo está promovendo mais justiça social. No Brasil, os mais pobres acabam pagando proporcionalmente mais impostos do que os ricos. O que o presidente Lula quer é que os muito ricos contribuam com pelo menos 10% no Imposto de Renda”, afirmou o ministro.

Rui Costa também destacou que o Executivo enviou ao Congresso um projeto que isenta do pagamento de IR todos os trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil, com validade prevista a partir de janeiro de 2026. Além disso, a proposta inclui isenção de impostos sobre todos os itens da cesta básica.

O projeto, de autoria do governo federal, está em tramitação na Câmara dos Deputados, ainda sem data definida para votação.

A política de taxação dos super-ricos proposta pelo governo Lula segue uma linha progressista voltada à justiça fiscal e ao combate às desigualdades. Entre as medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, estão a instituição de um imposto de renda mínimo para pessoas físicas com renda superior a R$ 600 mil anuais — com alíquotas que podem chegar a 10% para quem recebe acima de R$ 1,2 milhão — e a cobrança de 10% sobre dividendos distribuídos a grandes investidores.

Essas ações têm como objetivo gerar receita suficiente para compensar a ampliação da faixa de isenção do IR, sem sobrecarregar a classe média, mantendo o equilíbrio fiscal.

No plano internacional, o Brasil, representado por Lula e Haddad, tem defendido a criação de uma taxação global sobre os ultra-ricos. A proposta, apresentada no G20 com o apoio de países como França e membros da União Europeia, sugere um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários. A justificativa se baseia na promoção da justiça social, na luta contra a evasão fiscal e na captação de recursos para enfrentar problemas globais como as mudanças climáticas, a pobreza e a desigualdade.

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