Publicado em 22/11/2024 às 07h40.

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes é crime grave e não pode ficar impune, diz Rui Costa

Declaração foi dada no mesmo dia em que a PF indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suspeita de orquestração de um golpe de Estado

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o suposto plano para matar o presidente Lula é um “crime grave” que não pode ficar impune. A declaração foi dada em entrevista à Globo News nesta quinta-feira (21), mesmo dia em que a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por suspeita de participação em plano de golpe de Estado orquestrado em 2022.

“A cumplicidade e a impunidade é irmã gêmea de criminalidade. Isso é um crime, organizar tentativa de golpe, organizar assassinato de ministro da Suprema Corte, organizar assassinato de um presidente eleito, isso é um crime grave. Não pode haver impunidade”, declarou o ministro.

Na terça-feira (19), a PF prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de envolvimento na trama golpista. Os presos foram o general da reserva Mário Fernandes, e os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos” —membros das Forças Especiais.

O policial federal baiano Wladimir Matos Soares também foi detido sob suspeita de vazar informações sobre a segurança de Lula a pessoas ligadas a Bolsonaro.

Além do ex-presidente, foram indiciadas mais 36 pessoas, incluindo o general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice em 2022 na chapa derrotada. Militares são maioria entre os suspeitos —25 no total.

Também integram a lista o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, e o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno, esse general da reserva.

Em publicação nas redes sociais, Jair Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, escreveu o ex-presidente.

Caso seja processado e condenado pelos crimes ligados à trama golpista, ele poderá pegar uma pena de até 28 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

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