Publicado em 12/09/2025 às 09h30.

Secretário de Trump critica condenação de Bolsonaro: ‘Uso da lei como arma política’

Segundo Landau, as relações entre Brasil e EUA atingiram seu "ponto mais sombrio em dois séculos"

Redação
Foto: Reprodução/Instagram (@deputysecstate)

 

Novas figuras do governo americano fizeram coro às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado em 2022. Após o secretário de Estado, Marco Rubio, ter endossado as falas do republicano, foi a vez de seu “número 2”, o embaixador Christopher Landau, se pronunciar sobre o caso.

Segundo Landau, a relação entre Brasil e Estados Unidos atingiu seu “ponto mais sombrio em dois séculos”. A Casa Branca tem sido uma ávida crítica do processo contra o ex-presidente na Corte desde meados de julho, com o presidente Trump fazendo diversas declarações contra o julgamento, chegando a questionar sua legalidade. As informações são do portal InfoMoney.

“Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Alexandre de Moraes destruindo o estado de direito e levando as relações entre nossas duas grandes nações ao seu ponto mais sombrio em dois séculos”, escreveu Landau, em seu perfil no X.

“Enquanto o Brasil deixar o destino de nossa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo solução para essa crise”, acrescentou.

Os comentários de Landau foram feitas em complemento a fala do secretário Rubi, que ameaçou aplicar novas sanções contra o Brasil devido a condenação de Bolsonaro. “As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, escreveu Rubio, em seu perfil no X.

Entre as possíveis novas sanções que os EUA podem adotar contra o Brasil, estão a extensão da Lei Magnitsky aos outros ministros que votaram a favor da condenação de Bolsonaro e seus familiares, além da suspensão de vistos e tarifas secundárias ao país devido à compra de petróleo russo.

Fontes de Washington afirmam que Viviane Barci Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes pode ser incluída na Lei Magnitsky em breve.

Na semana passada, o secretário de Trump disse a uma comitiva de empresários liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que a questão das tarifas ao Brasil era política e que não adiantava fazer lobby em Washington, mas em Brasília

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