Publicado em 28/12/2022 às 09h42.

Segurança do Senado alega ‘privacidade’ para omitir quem liberou entrada de terroristas

Identidade de parlamentar que autorizou a entrada dos bolsonaristas envolvidos em ataque a bomba é tratada como sigilosa

Redação
Foto: Reprodução, TV Senado/O Antagonista
Foto: Reprodução, TV Senado/O Antagonista

 

Após detectar que dois bolsonaristas envolvidos na tentativa de atentado a bomba estiveram presentes em uma comissão na Casa legislativa no dia 30 de novembro, a Secretaria de Polícia do Senado Federal mantém a decisão de não revelar quem autorizou a entrada dos suspeitos.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, apesar de ter conhecimento da identidade do responsável por autorizar o acesso de George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos ao parlamento, a segurança do Senado trata a informação como sigilosa e alega que a não divulgação se dá “para não invadir a privacidade” do gabinete que permitiu a entrada da dupla.

Diante do ocorrido, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitando informações como a identificação de quem liberou “acesso dos terroristas às dependências do Senado”.

“As informações solicitadas, além de ampliar a transparência sobre os fatos narrados, servirão de subsídio para eventual representação ao Conselho de Ética caso algum parlamentar tenha facilitado ou se envolvido com os suspeitos de terrorismo”, pontuou o parlamentar, que classificou como “grave” o fato da Casa ter sido “palco para que suspeitos de terrorismo organizassem ataques à democracia”.

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