Publicado em 31/08/2016 às 19h30.

Sem se dar por vencida, Dilma promete continuar lutando

Durante todo o processo de impeachment, a ex-presidente mostrou altivez e força e, mesmo diante da certeza de batalha perdida, não jogou a toalha

Blog do Levi

Se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi certo ou errado, o julgamento será feito pela história. Agora, o que ninguém pode deixar de reconhecer é que a petista é uma “guerreira”. Praticamente abandonada pelo seu partido, lutou até o fim e não entregou os pontos, mesmo diante da certeza de que a batalha estava perdida. Repetiu o discurso de “golpe”, transformando-o em uma espécie de mantra e jamais fraquejou.

Teve a coragem de enfrentar com altivez os senadores que, por quase 15 horas, a massacraram com um interrogatório repetitivo e que em nada acrescentou ao processo. Talvez essa postura tenha levado a advogada Janaína Paschoal às lágrimas e até ao sutil pedido de “perdão”, ao afirmar que embora soubesse que causou o sofrimento da presidente, fazia aquilo pelo “bem dos seus netos [de Dilma]”.

Até o defensor da petista, o ex-ministro da Justiça Eduardo Cardozo, sucumbiu às lágrimas. Se Dilma chorou, foi entre quatro paredes. Em público, sempre mostrou altivez e certa arrogância, uma das suas características. Parece que a ditadura militar moldou sua força e lhe endureceu o “couro”.

Sem se dar por vencida, Dilma Rousseff promete continuar lutando.