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Publicado em 13/12/2025 às 11h35.

Senador Randolfe reage à crítica de Wagner Moura sobre PL do Streaming; ouça áudio

Político justificou que o governo tem um Congresso desfavorável para aprovar projetos

Raquel Franco
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Cibelle Levi/Reprodução

 

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) se manifestou após o vídeo do ator Wagner Moura criticando o Projeto de Lei de regulamentação do streaming e cobrando maior empenho do governo Lula (PT) na sua articulação.

Segundo revelado pela coluna Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo, em um áudio enviado à produtora Paula Lavigne o senador pediu que o material em que ele buscou “esclarecer à classe artística” sobre a realidade política do país fosse encaminhado a Moura.

“É importante esclarecer à classe artística que, em 2022, nós ganhamos a eleição para a presidência da República e perdemos para o Congresso. Nós temos um Congresso desfavorável”, disse o senador na mensagem.

O pronunciamento de Randolfe vem na esteira do apelo de Moura, que considerou os textos do PL do Streaming aprovados tanto na Câmara quanto no Senado como “muito ruins”. O ator baiano argumentou que as propostas enfraquecem a cultura nacional, prejudicam empregos e afetam a autonomia criativa do país.

O senador minimizou a possibilidade de aprovar um texto ideal, citando a composição desfavorável do Congresso e a influência de lobbies. Ele reforçou que o Congresso atual possui “enormes limitações” e que o que está sendo construído é um esforço para “minimizar danos” e fazer o “melhor possível do texto”, e não o que o governo e seus aliados desejam.

Ouça o áudio de Randolfe Rodrigues:

 

Entenda as críticas de Wagner Moura

O vídeo de Wagner Moura, protagonista de “O Agente Secreto”, criticou dois pontos do projeto em debate: a alíquota de taxação e a destinação dos recursos.

Moura classificou a contribuição de 4% sobre o faturamento das plataformas como “muito pouco” para o Brasil, que é o segundo maior mercado onde os streamings “fazem mais dinheiro no mundo, apenas atrás dos Estados Unidos.”

O ator também se opôs à possibilidade de as plataformas reinvestirem parte desse valor em produções próprias, alegando que isso “distorce a função do Fundo Setorial do Audiovisual e limita o crescimento de projetos independentes.”

Raquel Franco
Natural de Brasília, formou-se em produção em comunicação e cultura e em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é fotógrafa formada pelo Labfoto. Foi trainee de jornalismo ambiental na Folha de S.Paulo.

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