Sérgio Cabral admite que recebeu propina
Ex-governador do Rio de Janeiro adota nova estratégia após trocar de advogado; ele incrimina o ex-secretário Régis Fichtner, que está preso

O ex-governador Sérgio Cabral admitiu, pela primeira vez, que recebeu propina. Condenado a mais de 200 anos de prisão, ele procurou o Ministério Público Federal, na última semana, para falar sobre o caso do ex-secretário Régis Fichtner, preso há dez dias. O conteúdo da confissão de Cabral foi divulgado na noite da segunda-feira (25) pela GloboNews.
O emedebista afirmou que o ex-secretário da Casa Civil “recebia uma mensalidade paga pelo depoente com dinheiro recebido da propina em seu governo”. Ele disse que o valor do pagamento era de “algo em torno de R$ 100 mil a R$ 150 mil”. “Entendia que as pessoas que estavam a seu redor mereciam receber parte dos recursos, especialmente aquelas que prestavam serviços relevantes”, afirmou o ex-governador.
Cabral disse ainda que Fichtner fez pagamentos a alguns familiares seus até o fim de 2018. De acordo com o ex-governador, os repasses somaram R$ 100 mil e foram interrompidos a seu pedido.
Em todos os seus depoimentos, o ex-governador vinha negando ter pedido propina a empresários. Ele afirmava ter se aproveitado de sobras de caixa dois de campanha.
A mudança no tom faz parte da nova estratégia de defesa após a entrada do advogado Márcio Delambert no caso, o quinto desde novembro de 2016. A intenção é que Cabral assuma crimes, detalhe seus participantes e contribua com novas informações a fim de reduzir pena. A possibilidade de se fechar um acordo de delação no curto prazo é vista como remota.
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