Publicado em 29/01/2021 às 14h54.

Sérgio Moro e procuradores combinaram ações, reafirma defesa de Lula

Trechos de conversas do aplicativo Telegram entre ex-juiz e força-tarefa da Lava Jato embasam pedido no STF para acessar íntegra dos diálogos no Telegram

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

 

Com base em trechos de conversas no aplicativo Telegram, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sustenta que o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava-Jato combinaram atos do processo contra o petista. Os advogados de Lula apresentaram estes diálogos ao Supremo Tribunal Federal para requerer a íntegra dos diálogos do material recolhido na operação Spoofing.

Segundo o UOL, a defesa do ex-presidente concluiu que a análise dos elementos que puderam acessar confirmam que Sérgio Moro e os procuradores combinavam atos processuais por meio do Telegram. “Até mesmo a denúncia foi elaborada pelo MPF (Ministério Público Federal) sob a orientação do então juiz Sérgio Moro.”

Os advogados destacam que no dia 23 de fevereiro de 2016, Moro pergunta a Deltan Dallagnol, chefe dos procuradores da Lava Jato em Curitiba: “Vocês entendemque já têm uma denúncia sólida o suficiente?”.

Além de responder positivamente, segundo as transcrições da defesa de Lula, Dallagnol fala que “na parte do crime antecedente, colocaremos que o esquema Petrobras era um esquema partidário de compra de apoio parlamentar, como no Mensalão, mas mediante indicações políticas usadas para arrecadar propina para enriquecimento ilícito”.

Em outro trecho, o procurador relata estar trabalhando com a colaboração do ex-deputado Pedro Correa, “que dirá que Lula sabia da arrecadar via PRC (Paulo Roberto Costa)”. Em uma terceira transcriação, Dallagnol completa: “Quanto à Lavagem, denunciaremos os pagamentos da Odebrecht (atual Novonor) no sítio, apartamento e mudança. A defesa lembra que cerca de 10 dias depois, em 4 de março, ocorreu a condução coercitiva do ex-presidente. A denúncia ocorreira meses depois. Fonte: UOL

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