Publicado em 15/04/2025 às 16h23.

Sessão na Câmara de Salvador é suspensa por falta de quórum pela segunda vez na semana

Vereadores da oposição criticam ausência de colegas e apontam tentativa de silenciar debates sobre a cidade

Redação
Foto: Reginaldo Ipê/CMS

 

A 25ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS) foi encerrada precocemente nesta terça-feira (15), após pouco mais de dez minutos de sua abertura, por conta da ausência de quórum. Apenas 12 vereadores estavam presentes no plenário montado no Centro de Cultura da CMS, dois a menos do mínimo necessário para dar início aos trabalhos legislativos.

A contagem de parlamentares foi solicitada pelo vereador Kiki Bispo (União Brasil) e realizada pela vereadora Isabela Sousa (Cidadania), que estava exercendo a função de primeira secretária na ocasião. A suspensão de sessões por falta de quórum já havia ocorrido no dia anterior, repetindo o impasse que tem marcado a semana no Legislativo soteropolitano.

Antes da suspensão, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição, subiu à tribuna para criticar o esvaziamento do plenário em virtude de uma reunião de comissão que, segundo ela, extrapolou o horário previsto. “Se temos sessão ordinária, não pode haver reunião de comissão ao mesmo tempo. Isso prejudica o andamento dos trabalhos”, pontuou.

Acusações de manobra política

A vereadora Marta Rodrigues (PT) foi mais enfática e classificou o episódio como um desrespeito à população. Segundo ela, a ausência deliberada de parlamentares da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) é uma tentativa de impedir que temas sensíveis à administração municipal sejam debatidos em plenário.

“Hoje, mais uma vez, não deu quórum na sessão. Ontem, não teve, e hoje também. É falta de respeito porque é algo deliberado pela bancada do prefeito em estar retirando quórum para que nós da bancada de oposição não possamos exercer o nosso papel de fiscalizar e de fazer o debate sobre a cidade”, afirmou a petista à TV Câmara.

A sessão ainda foi temporariamente suspensa por cinco minutos na tentativa de recompor o quórum, mas a iniciativa não teve sucesso. Com isso, mais uma vez, a população soteropolitana ficou sem ver os temas de interesse público serem debatidos por seus representantes.

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