‘Só estarei na campanha?’, reclama Maia sobre distribuição de cargos no interior
Deputado federal defende que deputados federais façam parte da composição de nomes a serem indicados no interior baiano
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Assim como a deputada federal Lídice da Mata (PSB), o deputado federal Ricardo Maia (MDB) defendeu a participação da bancada baiana da Câmara Federal na divisão de cargos do governo estadual no interior.
“Se você olhar pelo âmbito do espaço político de governo do estado, secretarias de primeiro escalão ou de segundo escalão, falo por mim, deputado federal, não tenho uma indicação. Se você vai pro âmbito territorial, eu fui o deputado mais votado do semiárido largamente a diferença do segundo colocado, eu fui o deputado federal mais votado [da região] do Sisal, largamente para o segundo colocado, então, não será justo, não é? Nós não participarmos das políticas partidárias, as políticas de partido pra indicação daquela região. Porque nós representamos o território, nós representamos um povo daquela região e nada mais justo que tenhamos dentro do Governo também formas de participar”, defende o emedebista ao participa de evento nacional do seu partido na noite da quinta-feira (25) em Salvador.
Maia aponta ainda que, se for mantido, como defendem deputados estaduais da base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), da bancada baiana na Câmara dos Deputados de não indicar nomes para cargos no interior, ele não terá uma representação efetiva em sua reunião, onde, de acordo com ele, sua atuação durante a campanha de Jerônimo em 2022 na região contribuiu para a chegada do petista ao Palácio de Ondina.
“Se colocar essa metodologia dos federais não indicar, eu serei zero do Governo. E aí eu me pergunto a mim mesmo, que parte do governo que estarei? Só apenas da campanha que militei, que fiz o primeiro comício em Ribeiro Pombal junto com o nosso grupo político lá no início da campanha de Jerônimo, quando tinha poucos números expressivos na campanha e foi um dos primeiros comícios no município? Ou apenas quando fizemos [o comício] em Tucano, que é a terra onde meu filho a prefeito numa reta final da eleição muito disputada? – questiona o parlamentar.
O deputado diz ainda que acredita em um consenso e que o chefe do Executivo baiano terá bom senso em buscar uma solução para essa questão.
“Eu acho que política se faz dividindo governo partidariamente. Então, infelizmente, aqui no estado tem essa problemática que nós estamos e também do Governo Federal. Mas acredito que o bom senso do governador vai fazer uma nova reavaliação em relação aos deputados estaduais, claro que eles estão certo de tirar a divisão dos deputados federais da situação, mas não é sozinho que se ganha a eleição, se ganha a eleição com os deputados federais, com os senadores e com os deputados estaduais. Este é o nosso pleito”, argumenta.
Insatisfação
Esta semana, durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na terça-feira (23) o deputado estadual Euclides Fernandes (PT), não percebendo que o seu microfone estava ligado, reclamou ao líder do governo na Casa, Rosenberg Pinto (PT), da demora da distribuição de cargos para ele e seu grupo.
“Não gostei dessa distribuição. Sou o único deputado do PT eleito em Juazeiro e não me dão cargo nenhum. Querem que eu pegue meu pessoal e mande colocar com outro candidato lá. E a distribuição dos cargos é do presidente do PT”, disse na ocasião.
“Tudo no forno”
Essa questão sobre o travamento da distribuição dos cargos no interior também foi motivo de comentário do secretário estadual de Relações Institucionais (Serin), Luiz Caetano (PT), nesta semana. De acordo com ele, a definição sairá no mês de junho. “Graças a Deus, já tá tudo no forno, tudo pronto pra ser resolvido (…) Semana que vem a gente comece já nas reuniões com os partidos políticos, com as forças políticas, e, obviamente, nesses próximos 15, 20 dias, já estamos com essa agenda resolvida”, prometeu.
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