Publicado em 26/05/2020 às 14h20.

STJ quebra sigilo de dados de eletrônicos apreendidos em operação contra Witzel

Governador do Rio de Janeiro foi alvo de operação da Polícia Federal, com suspeita de participação em esquema de desvio de recursos

Redação
Foto: Divulgação/STJ
Foto: Divulgação/STJ

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) quebrou sigilo dos dados nos equipamentos eletrônicos do governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro. O ex-juiz federal foi alvo de operação da Polícia Fedral nesta terça-feira (26), que investiga desvio de recursos nos contratos emergenciais do Rio de Janeiro.

De acordo com informações do UOL, a decisão do ministro Benedito Gonçalves é baseada na compreensão de que os arquivos em celulares e computadores podem conter provas do envolvimento de Witzel no esquema.

“Autorizo o delegado da Polícia Federal a ter acesso ao conteúdo dos aparelhos eletrônicos apreendidos, sobretudo dos dados armazenados na ‘nuvem’, através de quaisquer serviços utilizados, notadamente com relação aos aparelhos de telefonia celular, franqueando que esse acesso ocorra inclusive no local das buscas”, decidiu o ministro.

A Operação Placebo cumpriu mandados de prisão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador; na casa de Witzel, no Grajaú, e na sede do escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel. O STJ autorizou a operação, após pedido da Procuradoria-Geral da República.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) chegou a anunciar em entrevista à Rádio Gaúcha, na segunda-feira (26), que algumas operações da Polícia Federal miravam governadores. Zambelli é aliada do presidente Jair Bolsonaro, diferentemente de Witzel, com quem o chefe do Executivo federal rivaliza politicamente.

O presidente é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga suposta interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal.

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