Publicado em 02/10/2024 às 16h40.

TCU cria força-tarefa para investigar mercado de bets no Brasil

Tribunal vai mapear custos envolvidos na saúde pública, o impacto no poder de compra das famílias e as ações para combater crimes relacionados ao jogo

Redação
Foto: Leopoldo Silva/ Agência Senado

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (2) a proposta do presidente do tribunal, Bruno Dantas, de criação de uma ampla força-tarefa para fiscalizar o impacto das bets em diferentes frentes da gestão pública e da economia no país. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

A “ação de controle” será tocada pela Secretaria-Geral de Controle Externo do tribunal e terá o objetivo de “acompanhar os custos envolvidos na saúde pública, o impacto no poder de compra das famílias e as ações propostas pelo Governo Federal para prevenir, por exemplo, a lavagem de dinheiro, o roubo de dados dos apostadores e o envolvimento de menores de idade”.

O TCU tem poderes para requisitar dados do Banco Central, da Receita Federal, da Caixa, do CadUnico, do SUS, do Senasp, entre outros órgãos do governo. A ideia é cruzar todos esses elementos.

A partir da sanção da Lei nº 14.790/2023, o Ministério da Fazenda recebeu a competência de regular o mercado de bets, ou apostas de cota fixa de eventos esportivos, que, segundo relatório da XP Investimentos, deve movimentar, em 2024, entre R$ 90 bilhões e R$ 130 bilhões.

Segundo Dantas, “uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo revelou que 63% dos entrevistados tiveram sua renda comprometida por causa das apostas. Além disso, de acordo com um estudo da Strategy& Brasil, consultoria estratégica da PricewaterhousewCoopers, as apostas online desviaram recursos significativos do consumo no varejo, afetando a recuperação econômica do país, mesmo em um cenário de aumento de renda e recorde de empregos”.

Estimativas do Itaú realizadas no último mês de agosto, mostram que os brasileiros gastaram 68,2 bilhões de reais em apostas nos doze meses anteriores. Porém, no balanço entre vitórias e derrotas, os apostadores perderam R$ 23,9 bilhões.

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