Publicado em 18/03/2023 às 20h00.

TCU investiga compras militares brasileiras nos Estados Unidos

Foram gastos R$ 20 bilhões em 57.640 transações entre 2018 e 2022, durante as gestões dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL)

Redação
Foto: Divulgação/TCU

 

O Tribunal de Contas da União decidiu aprofundar as investigações sobre compras realizadas por unidades das Forças Armadas brasileiras nos Estados Unidos. São 57.640 transações efetuadas entre os anos de 2018 e 2022. A inspeção nas unidades militares brasileiras nos EUA foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Presidente da corte, o ministro Bruno Dantas autorizou a ida de auditores do órgão aos Estados Unidos.Visando verificar “economicidade, eficiência e eficácia” das compras, a equipe do TCU fará exame documental, inspeção física , observação direta em execução de processos, entrevistas e análises de conteúdo (conferência dos bancos de dados).

Os auditores do TCU devem ficar nos EUA de 12 a 20 de abril.Em Washington, eles farão vistorias na Comissão Naval Brasileira (CNBW), na Comissão do Exército (CEBW) e na Comissão Aeronáutica (CABW). As compras tiveram um custo total de R$ 20 bilhões e ocorreram no último ano da gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e a todo o período do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na justificativa da inspeção in loco, o TCU relata que “foi detectada a ausência de dados usualmente armazenados em um sistema de compras.” O tribunal relata que solicitou acesso ao sistema às Forças Armadas, mas a autorização não foi concedida, sob alegação da existência de informações sigilosas. O TCU ressaltou ter competência legal para acessar as informações e que os dados requeridos eram públicos por não envolver compras estratégicas de defesa.

As comissões do Exército e da Aeronáutica em Washington, que serão vistoriadas, possuem depósitos próprios para guarda de materiais adquiridos no exterior. Procurados pelo Estadão para comentar sobre a investigação do TCU nas unidades localizadas nos EUA, os comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Ministério da Defesa não responderam até a postagem desta matéria. Fonte Estado de S. Paulo

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