Publicado em 02/12/2015 às 18h44.

Temer diz ter recebido sinais de que Cunha deflagraria impeachment

Para o vice-presidente, estopim foi o posicionamento da bancada petista, favorável à admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara

Agência Estado

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), recebeu sinais desde o início do dia de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poderia deflagrar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Oficialmente, Temer só tomou conhecimento da decisão de Cunha durante o anúncio. Entretanto, segundos interlocutores ligados ao vice-presidente, além dos sinais dados ao longo do dia, o posicionamento da bancada petista evidenciou que o peemedebista tomaria a decisão que ameaçava.

A avaliação é que o movimento dos deputados petistas deixou claro que o “partido abandonou Dilma”. Nesta terça (1º), o presidente do PT, Rui Falcão, orientou que os petistas fossem no sentido contrário do que desejava a presidente com relação a Cunha. O gesto contrariou apelos que ministros fizeram pessoalmente a Falcão e foi interpretado nos bastidores como um aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A visão é de que entre Dilma e Lula, o PT optou pelo Lula e abandonou Dilma”, afirmou uma fonte.

 

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