Publicado em 04/06/2017 às 09h07.

Temer quase renunciou quando vazaram os áudios, diz colunista

Segundo Gerson Camarotti, do G1, o presidente foi acalmado pelo núcleo político mais próximo do governo

Redação
Foto: Lula Marques/Agência PT
Foto: Lula Marques/Agência PT

 

O presidente Michel Temer pensou em renunciar ao cargo no dia 17 de maio, no momento em que vieram à tona as gravações do empresário Joesley Batista, feitas no Palácio do Jaburu, segundo o colunista Gerson Camarotti, do G1.

Ainda segundo Camarotti, auxiliares aconselharam Temer a renunciar para não “manchar” sua biografia sangrando à frente do governo e correndo ainda o risco de sofrer um impeachment no final do processo.

O presidente foi contido pelo núcleo político mais próximo: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e pelo líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP). Segundo o colunista, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) também apoiou o executivo.

O humor do presidente só mudou quando ele recebeu a informação preliminar do conteúdo do áudio. “Como não havia uma afirmação categórica de Temer para comprar o silêncio de Cunha, ele decidiu permanecer na resistência”. Foi com essa estratégia que Temer fez o primeiro pronunciamento na quinta-feira (18) e também o segundo, no sábado (20).

O presidente anunciou que não renunciaria e pediu uma perícia no áudio entregue por Joesley Batista aos investigadores da Lava Jato. Ao mesmo tempo, Temer também passou a atacar o acordo de delação premiada fechado pelo empresário da JBS. “Por muito pouco, Temer não renunciou”, resumiu um aliado que acompanhou as horas de agonia do comandante da nação.

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