‘Tentativa de romper tornozeleira é ‘absurda’, diz Aladilce sobre prisão de Bolsonaro

A líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereadora Aladilce Souza (PCdoB), comentou nesta segunda-feira (24) a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada no último sábado (21) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para ela, o país assistiu “com admiração” e “espanto” à tentativa do ex-mandatário de danificar a tornozeleira eletrônica para se livrar do monitoramento.

Segundo a vereadora, o episódio é “absurdo”, sobretudo por envolver alguém que já ocupou “o posto mais alto da República”. “A prisão foi decretada e foi uma medida correta, justa. Há toda uma justificativa apresentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que deu aval para a ação”, afirmou.

Aladilce destacou a legalidade do procedimento que levou Bolsonaro à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. “Ele foi recolhido dentro da legalidade. Havia um risco de fuga, e essa possibilidade precisava ser evitada”, disse.

A parlamentar reforçou que “ninguém está acima da lei” e que a medida vale para qualquer cidadão. Para ela, o episódio contribui para o fortalecimento da democracia. “O Brasil vai caminhando para reforçar que ninguém, independentemente do cargo, pode descumprir os poderes constituídos”, avaliou.

Pauta da Câmara e calendário apertado

A vereadora também comentou a expectativa de votação dos projetos do Executivo antes do recesso parlamentar, previsto para terminar em 17 de dezembro.

“Temos uma pauta imensa de projetos de vereadores. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), reunimos semanalmente. São mais de 200 projetos para apreciar”, explicou.

Aladilce afirmou que nem todas as propostas devem ir a votação, mas que a produção legislativa dos 43 vereadores seguirá avançando.

Além das matérias dos parlamentares, a Casa ainda precisa votar o Plano Plurianual de Aplicação (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo ela, os trabalhos podem se estender além do prazo previsto.