Publicado em 18/11/2025 às 18h51.

Tiago Correia critica novo empréstimo do governo e prevê debandada na base governista

Parlamentar também voltou a questionar a ausência de grandes entregas por parte do governo estadual

Otávio Queiroz / Luana Neiva
Foto: Luana Neiva/bahia.ba

 

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Tiago Correia (PSDB), voltou a atacar o governo estadual após a chegada de mais um pedido de empréstimo ao Legislativo. A gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) solicitou autorização para contratar R$ 300 milhões em crédito, o que, para o deputado, reforça um “descontrole financeiro” na administração estadual. Este é o 21º pedido desde o início do mandato.

Correia lembra que, há menos de duas semanas, o Executivo já havia encaminhado outra solicitação, de R$ 2 bilhões. Somados, os pedidos totalizam R$ 25 bilhões. “Isso representa praticamente um quarto da arrecadação do Estado e mostra uma total falta de controle financeiro”, afirmou.

O parlamentar voltou a questionar a ausência de grandes entregas. “Com tantos recursos, não tem uma grande obra sequer. Não há mudança significativa na segurança pública, na educação ou na fila da regulação. É dinheiro que a gente não sabe para onde vai”.

A oposição deve votar contra a matéria e ameaça obstrução. Correia disse ainda que o governo pode enfrentar dificuldades para aprovar o regime de urgência, já que parte dos deputados governistas não compareceu ao plenário em protesto. Segundo ele, o cenário expõe desgaste interno e dúvidas sobre a articulação política do Palácio de Ondina.

Desgaste político

O deputado também associou o momento fiscal ao ambiente político desfavorável para o governador. “A população está com uma rejeição muito grande a Jerônimo, a maior que um governador da Bahia já teve. Há também uma rejeição crescente ao presidente Lula e uma migração desses eleitores tradicionais do PT para o nosso grupo político”, avaliou. Para Correia, o sentimento reflete “o cansaço de 20 anos de um modelo que entregou muito pouco”.

Ele afirma ainda que há sinais de inquietação na base aliada. Conforme Correia, prefeitos que aderiram ao governo por promessas de obras e repasses começam a pressionar seus deputados. “O governo enfrenta um problema de orçamento. A gente não sabe como essas promessas serão cumpridas, e já existe a sinalização de que ficarão no vazio, como outras ficaram”, concluiu.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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