Publicado em 06/07/2025 às 20h00.

União e PP discutem permanência no governo Lula e rumo para 2026

Cargos ocupados por indicações da federação alimentam divergências sobre rompimento ou continuidade na base

Redação
Foto: Reprodução/União Brasil

 

A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, enfrenta um impasse sobre quando e como deve se posicionar em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O debate gira em torno da permanência no governo federal, especialmente diante das eleições municipais de 2024 e da disputa presidencial de 2026.

Segundo apuração do g1, há divergências internas sobre o melhor momento para discutir uma possível saída da base aliada.

Enquanto uma ala defende o rompimento imediato e a adoção de um discurso mais crítico ao Palácio do Planalto, outra prega cautela e sugere que a definição seja deixada para o próximo ciclo eleitoral.

O entrave passa principalmente pelos cargos ocupados por representantes da federação no governo. Atualmente, o União Brasil comanda três ministérios — Turismo (Celso Sabino), Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes) e Comunicações (Frederico Siqueira).

O PP, por sua vez, está à frente do Ministério do Esporte, com André Fufuca. Duas dessas nomeações são atribuídas à articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), que mantém diálogo próximo com o Planalto.

Relação com o governo Lula

Aliados de Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil), copresidentes da federação, defendem o rompimento com o governo e a entrega dos ministérios. Ambos já sinalizaram publicamente que o apoio à reeleição de Lula é improvável.

Em entrevista à GloboNews, Rueda classificou como “muito remota” a possibilidade de o União Brasil apoiar o atual presidente em 2026.

Ainda assim, integrantes mais moderados avaliam que a retirada imediata da base pode beneficiar apenas candidaturas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por isso, parte da federação prefere manter os cargos por enquanto, preservando espaço institucional e ampliando o tempo de articulação para as próximas disputas eleitorais.

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