Venezuela oferece US$ 100 mil por informações sobre opositor de Maduro

Às vésperas da posse para o terceiro mandato de Nicolás Maduro, autoridades da Venezuela ofereceram U$ 100 mil de recompensa para quem informar o paradeiro do opositor Edmundo González, que disputou a eleição contra Maduro no dia 28 de julho de 2024.

De acordo com publicação da Agência Brasil, depois do seu exílio na Espanha, Edmundo González promete regressar ao país sul-americano, após iniciar giro pelos países da América Latina. A data marcada para a posse de Maduro é o próximo dia 10 de janeiro. A oposição alega que a eleição sofreu fraudes, devido à ausência de divulgação dos dados por mesa de votação. O governo, por sua vez, afirma que existe uma tentativa de golpe de Estado em andamento, com o apoio dos Estados Unidos da América (EUA).

O Corpo de Investigações Penais, Científicas e Criminalísticas (CICPC) da Venezuela divulgou na quinta-feira (2) cartazes com foto de Edmundo Gonzalez, anunciando a recompensa por informações que levem à sua prisão.

González é acusado de delitos como conspiração, cumplicidade por atos de violência contra a República, instigação à desobediência das leis, associação para delinquir, falsificação de documentos, entre outros.

O opositor foi acusado de incitar golpe de Estado ao não reconhecer o resultado das eleições emitido pelas instituições judiciais e judiciária venezuelanas. Logo após, foi possibilitado que o opositor se exilasse na Espanha por meio de um acordo com o governo.

Manifestações

No momento, Edmundo afirma que retornará à Venezuela e a oposição tem convocado atos para o dia 10 de janeiro, data da posse de Maduro como presidente. Nos dias antecedentes a posse, González realizará giro por países da América Latina, a começar pela Argentina, neste sábado (4).

Do outro lado, chavistas têm convocado manifestações em defesa da posse de Maduro. “No próximo 10 de janeiro de 2025 sairemos às ruas aos milhões para jurar por Venezuela e pela Independência. Juro por Bolívar, por Zamorra e por Hugo Chávez que essa Casa Presidencial jamais cairá nas mãos de um títere da oligarquia, nem do imperialismo”, afirmou Maduro em uma manifestação nesta semana em Miraflores, sede do Executivo do país.

Caso convidado para a posse, o Brasil enviará à cerimônia a embaixadora brasileira Gilvânia Maria de Oliveira, em Caracas. A recusa do governo brasileiro de reconhecer a vitória de Maduro sem a apresentação das atas eleitorais tem gerado atritos nas relações entre Brasília e Caracas, que chegou a acusar o Itamaraty de impedir sua entrada no Brics.