Vereador é cassado após partido fraudar cota de gênero

Justiça Eleitoral também determinou a cassação de outros partidos

Heber Araújo

A Justiça eleitoral determinou, na segunda-feira (6), a cassação do mandato do vereador Márcio Bodão (Avante), após a identificação de fraudes na cota de gênero nas eleições municipais de 2024. A juíza Wilma Alves, da 25ª Zona Eleitoral, cassou o mandato do edil e ordenou a anulação dos votos do partido.

Segundo sua decisão, a Câmara Municipal foi informada para que haja a recontagem de votos assim possibilitando a reestruturação da Casa Legislativa municipal.

Segundo a ação judicial, o Avante teria incluído o nome de Maria Rita Santos Teixeira, conhecida como “Mary Santos”, apenas com o objetivo de cumprir a exigência de cada partido lançar, no mínimo, 30% de candidaturas de mulheres na chapa. Segundo relatado, a candidata não teria feito campanhas e nem participado de eventos políticos.

O documento revela ainda que Mary, que recebeu sete votos, apresentou documentos idênticos aos de outras candidatas do Avante. Ainda na ação, existe um relato feito por pela própria, onde revela ter aceitado participar da campanha “apenas para compor a chapa”.

Devido a essas provas e as investigações feitas, a Justiça Eleitoral ordenou a perda de mandato. Além do Avante, também foram alvos da operação, conforme afirmou o Ilhéus 24h, os partidos PMB e Podemos também foram alvos da investigação e também foram cassados pela mesma fraude.

A equipe do Bahia.ba tentou entrar em contato com o Márcio Bodão, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para qualquer esclarecimento. Ainda na segunda, o vereador havia celebrado um ano de sua vitória nas eleições e afirmou que continuaria “lutando por Ilhéus”.

“Não tem sido fácil, os desafios são muitos, mas a vontade de transformar Ilhéus é ainda maior! Estamos trabalhando firme, com dedicação e compromisso, e ver mais de 60% das nossas indicações e requerimentos já atendidos pelo prefeito”, declarou.