Publicado em 28/04/2025 às 08h31.

Vereadora rebate Bruno e diz que edital de leilão em Pituaçu não evita especulação imobiliária

“Espaço multiuso não garante que não haverá residência”, afirmou Aladilce

Redação
Foto: Antônio Queirós/CMS

 

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) rebateu nesta segunda-feira (28) as declarações do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), sobre o leilão da área próxima ao Circo Picolino, em Pituaçu. Segundo ela, a definição de “espaço multiuso” no edital não impede a construção de empreendimentos residenciais no local.

“O edital fala em espaço multiuso e isso não garante que não haverá residência, que o terreno onde o Circo Picolino funciona há 30 anos não será vendido para a especulação imobiliária”, afirmou a líder da oposição na Câmara Municipal.

O leilão, previsto para esta terça-feira (29), às 10h, motivou a convocação de uma manifestação organizada pela bancada de oposição e movimentos sociais reunidos no Fórum A Cidade Também é Nossa e no SOS Áreas Verdes.

Bruno Reis declarou à imprensa que a área não é classificada como verde e será destinada à instalação de um aquário e de empreendimentos do setor gastronômico. Aladilce contestou: “Toda aquela área era verde, sim, era área de restinga, e a prefeitura suprimiu a vegetação, restingas e coqueiros, durante a obra que ele chama de requalificação. O próprio Bruno Reis se contradiz quando afirma que os coqueiros foram transplantados em outros lugares”.

A vereadora também criticou a falta de transparência da gestão municipal. Segundo ela, a Secretaria da Fazenda tem se recusado a fornecer os processos administrativos dos leilões à Câmara. “Nada nos garante que aquela área, em frente ao mar, não terá prédios a partir desse leilão. Pode ter o aquário, pode ter a exploração como um life center, que combina residências, comércios, escolas, hotéis… Nós queremos discutir o projeto e a necessidade dessa desafetação exagerada de áreas públicas”, afirmou.

Segundo o edital, a prefeitura orienta que o espaço leiloado seja utilizado para a implantação de um aquário de visitação pública e de um centro gastronômico, aproveitando o potencial turístico da orla.

Entre as entidades que articulam a manifestação contra o leilão estão a Federação de Associações de Bairros de Salvador (Fabs), o Instituto dos Arquitetos da Bahia, associações de moradores e movimentos como o SOS Buracão, o Movimento Sem Teto e o Coletivo Stella Maris.

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