Publicado em 20/11/2024 às 20h00.

Vereadores do PSOL alegam ameaças após votação de aumento de salário e PF é acionada

Celso Gianazzi (PSOL) recebeu e-mail com ameaças de morte por conta da aprovação do aumento dos salários dos vereadores para 2025

Redação
Foto: Lucas Bassi/Câmara Municipal de São Paulo

 

A Polícia Federal (PF) foi acionada pelo vereador Celso Gianazzi (PSOL), após ele informar ter recebido e-mails contendo ameaças de morte contra ele e outros parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo. O conteúdo com xingamentos, exige que Gianazzi e Toninho Vespoli (PSOL) avisem aos colegas sobre o ataque e que eles renunciem a seus mandatos, sob pena de serem mortos por “balas, bombas, facas e fogo”.

As mensagens teriam sido motivadas pelo aumento salarial aprovado pela Câmara na semana anterior, que elevou os vencimentos dos vereadores em 37%, saltando de R$ 18.991,68 para R$ 24.754,79 a partir de janeiro, com um novo reajuste para R$ 26.080,98 em fevereiro.

Diante das ameaças, Gianazzi oficiou a PF, pedindo a imediata investigação da autoria das mensagens, a criação de um protocolo nacional para prevenção e resposta a ameaças contra autoridades públicas e instituições democráticas.

“Não aceitarei ataques à democracia e ao exercício do meu mandato, que foi legitimamente eleito pelo povo para representá-lo. Seguiremos firmes defendendo políticas públicas de qualidade, o serviço público e o Estado Democrático de Direito”, disse o vereador pelas redes sociais.

O autor das mensagens, que assina como “Ricardo Wagner Arouxa”, usa o nome de um consultor de tecnologia do Rio de Janeiro que, desde 2017, tem sua identidade falsamente utilizada por extremistas em crimes virtuais. O e-mail ainda chama Tiü França de “herói” e ameaça novos ataques ao Supremo Tribunal Federal, prometendo que “as bombas vão estourar por todo o Brasil”.

A Câmara Municipal disse, em nota, que a presidência da Casa já está sabendo do caso e que a Assessoria Policial Militar recomendou ao vereador que a ocorrência fosse registrada na Polícia Civil para que o caso fosse encaminhado à Secretaria de Segurança Pública e que, “independentemente disso, os órgãos que atuam na Câmara (GCM e PM) reforçaram as medidas de segurança do Palácio Anchieta”. A PF ainda não se posicionou sobre o assunto.

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