Publicado em 17/02/2025 às 19h54.

Vice-presidente do PT acusa Anielle por indicação de ‘funcionário fantasma’; ministra nega

Episódio, que reacende briga interna do PT, acontece após Franco acionar Conselho de Ética contra dirigente da sigla

Redação
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados e Marcelo Camargo/Agênica Brasil

 

Um dos vice-presidentes nacionais do PT e prefeito de Maricá, no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, acusou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao Conselho de Ética do partido nesta semana, devido a indicação de um funcionário fantasma, que teria trabalhado em um órgão ligado à prefeitura que ele agora comanda.

De acordo com o prefeito, após ser avisado sobre a contratação de um funcionário fantasma a pedido de Anielle, foi constatado que o indicado agia como uma espécie de consultor de um projeto do ministério enquanto era nomeado em Maricá.

O funcionário foi identificado como Alex da Mata Barros, pertencente ao quadro de colaboradores da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). Ele foi admitido no cargo em 1º de junho de 2021 e deixou a posição de assessor especial no primeiro dia do ano de 2025.

O vice-presidente do PT afirma que o servidor também prestou serviços para o Ministério da Igualdade Racial no período em que atuava na secretaria municipal. Ele foi contratado como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento” em maio de 2024.

Em nota, a prefeitura informou que a secretaria vai apurar o caso e “uma vez identificada irregularidades, serão adotadas medidas cabíveis e a responsabilização dos envolvidos”.

Perseguição política

A ministra negou as acusações e afirmou estar sofrendo “perseguição política” após as denúncias de Quaquá. Anielle disse ainda que não serão “toleradas” tentativas de “desinformação e fake news” contra ela. E que essas serão “respondidas à altura”, através das medidas cabíveis.

Briga interna

No mês de janeiro, Anielle acionou o Conselho de Ética do parte contra Quaquá após o prefeito se posicionar a favor do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O parlamentar está preso suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

A ministra era irmã da vereadora e, no pedido feito, considerou que a posição de Quaquá foi antiética. Ele havia publicado uma foto ao lado da família Brazão e disse acreditar na inocência dele e do irmão Domingos Brazão, também preso por suspeita de envolvimento no crime. Internamente, há um movimento para que o prefeito seja expulso do PT.

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