Volta de Tia Eron a Salvador estaria condicionada a adesão de Medrado
Outra tese dá conta de uma suposta insatisfação da deputada licenciada quanto à visibilidade e a estrutura da Secretaria de Promoção Social

Menos de dois meses após ser empossada como secretária municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), a deputada federal licenciada Tia Eron (PRB) já tem causado turbulência dentro do Palácio Thomé de Souza.
Há mais de uma semana, a chefe da Semps pegou um avião para ir a Brasília votar no candidato à presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), mas, até o momento, não retornou. Nesta sexta-feira (10), o prefeito ACM Neto (DEM), ao ser perguntado sobre a volta da sua auxiliar, não estimou um prazo.
Há duas teses que circulam nos corredores do Palácio Thomé de Souza, mas em ambas a possibilidade de permanência da parlamentar no Planalto Central é considerada.
A primeira hipótese, aparentemente mais crível, dá conta de que ela só voltaria caso o seu suplente, o atual diretor-geral do Procon-BA Marcos Medrado (PR), integrante da base do governador Rui Costa (PT), seja cooptado para o grupo do democrata. Afinal, como disse um aliado do gestor, “Neto não vai dar um mandato de deputado a ele de graça se ele não estiver com a gente”. O próprio Bruno Reis (PMDB), responsável pelas articulações políticas do prefeito, admitiu que vai conversar com o republicano.
A estratégia não incluiria a exigência de retirar o filho dele, Diogo Medrado, da Bahiatursa. Como integrante do PR, que pertence à ala de sustentação do presidente Michel Temer (PMDB), bastaria a Medrado, na Câmara, atender aos pedidos do prefeito e votar conforme os interesses da capital e não do Estado.

Já o segundo teorema aponta que a demora para o regresso da congressista se deve a uma tentativa de conseguir mais espaço na prefeitura. Ela estaria “insatisfeita” com as mudanças promovidas na secretaria com a reforma administrativa e teria avaliado que, em Brasília, conseguiria mais “estrutura e visibilidade” do que no comando da pasta.
Aspirante ao Senado, Eron esperava encontrar um órgão semelhante ao que alavancou Bruno ao patamar de vice-prefeito, mas se deparou com funções estratégicas, como a construção de quadras de esportes e o programa Primeiro Passo, repassados, respectivamente, a Geraldo Júnior (SD) e Taíssa Gama (PTB). Além disso, a secretária enfrentaria dificuldades em nomear indicados. Apesar do “esvaziamento”, ela teria receio do que Medrado poderia fazer com o seu gabinete na Câmara, como perda de cargos.
Do lado de Neto, a análise, no entanto, é de que seja qual for a decisão de Eron não haverá grandes consequências. O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, estaria “apaixonado” pelo chefe de Gabinete João Roma, o qual pretende lançar candidato a deputado federal em 2018, e teria confidenciado aos seus pares que a chance de rompimento da sigla com Neto é “zero”. A aliança seria tão sólida que a legenda estaria disposta até mesmo a “sacrificar” a participação da parlamentar na administração soteropolitana.
Indicação pessoal de Tia Eron, o subsecretário Átila Brandão Filho (PRB) é da “maior confiança” do prefeito e, em sua avaliação, tem tocado bem a secretaria com o afastamento da titular. Se ela não voltar, em tese, o cargo não sofreria prejuízos até que fosse encontrada uma solução definitiva na negociação com os partidos da base, mesmo que seja a efetivação do substituto.
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