Publicado em 23/05/2025 às 11h11.

Wagner defende ações de Lula no caso de fraude no INSS

Senador enaltece punições a fraudadores e acusa oposição de querer usar CPI como palanque político

Carolina Papa / João Lucas Dantas
Foto: Vitor Pereira/bahia.ba

 

O senador Jaques Wagner (PT) rebateu, nesta sexta-feira (23), durante coletiva sobre investimentos nos portos da Bahia, as críticas à forma como o presidente Lula (PT) tem gerido o escândalo de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo Wagner, o gestor “está fazendo o que é justiça”.

Revelada neste ano, a fraude no INSS consistiu em descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas, gerando prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Na operação “Sem Desconto”, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), foi apurado que entidades associativas e sindicatos cobravam mensalidades sem o consentimento dos beneficiários, com apoio de servidores públicos.

A investigação resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A CGU passou a conduzir as apurações e afastou o INSS diante de indícios de envolvimento de servidores do próprio instituto.

Para Wagner, Lula tem “punido os que trambicaram e roubaram. É um crime hediondo contra os nossos velhinhos, os nossos aposentados”. O senador criticou a oposição, afirmando que as pessoas “estão atrás de barulho”. “O governo do presidente já está tratando da devolução do dinheiro. Ou seja, os caras estão vindo com o milho, e eu já estou seguindo com o fubá e o cuscuz prontos. Isso porque o pessoal quer viver, repito, de fofoca”, disparou.

Wagner negou que haja resistência às investigações: “Não tem esse papo de que não quer investigar. Quem é que investigou? A CPI saiu porque montaram em cima da investigação feita pela Polícia Federal, para querer fazer palco e palanque político.” Segundo ele, “quem sabe investigar bem é o Ministério Público, a Polícia Civil, a Polícia Federal, as polícias judiciárias. A turma que quer CPI não vai apurar nada; vai ficar num ataque e contra-ataque diante das câmeras de televisão”.

Carolina Papa

Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

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