Publicado em 11/09/2025 às 11h15.

Wagner rejeita anistia e pede união em defesa da democracia

Senador do PT-BA afirma que proposta incentiva novos ataques como o de 8 de Janeiro e compara momento atual às Diretas Já

Redação
Foto: Alessandro Dantas/ Assessoria

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, condenou a proposta de anistia aos envolvidos na trama golpista que ameaçou a democracia do país. “Anistia é um incentivo a novas badernas como o 8 de Janeiro”, disse nesta quinta-feira (10), em entrevista à rádio Andaiá FM, de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano.

O tema vem sendo tratado como prioridade por bolsonaristas, mas encontra forte resistência entre parlamentares do campo democrático. Wagner fez um resgate histórico da Lei da Anistia, aprovada em contexto totalmente diferente.

“Em 1979, a Lei da Anistia veio para encerrar um ciclo histórico de triste memória, que deixou muitos presos e assassinados, e abrir caminho para voltar ao período democrático”, lembrou. “Qual foi o ciclo histórico encerrado em 8 de janeiro? Nenhum, a vida democrática continuou normalmente. Anistia pressupõe que se anistie um lado e outro que estavam brigando. Que dois lados existem aí? Só tem um, dos que tentaram agredir a democracia”, esclareceu.

Para Wagner, o país vive um momento que exige união de todas as forças progressistas para barrar ameaças autoritárias. “Eu sou do PT, mas antes de ser do PT, sou um democrata. Sem democracia, não tem partido político, não tem eleição para prefeito, para governador, para presidente da República. Eu acho que é o momento de nós todos, que temos racionalidade, de fazer como nas Diretas Já: se unir em defesa da democracia do Brasil.”

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