Publicado em 12/06/2025 às 10h35.

‘Xingar e sair correndo é coisa de moleque de rua’, diz Haddad após embate com Nikolas

"Estou sempre disposto ao debate. O que eu não gosto é a pessoa que xinga e sai correndo. Isso aqui não dá", afirmou o ministro

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12) que “xingar e sair correndo” é atitude de “moleque de rua”. A declaração foi dada um dia após o ministro se envolver em um bate-boca com deputados da oposição durante audiência na Câmara dos Deputados.

“Estou sempre disposto ao debate. O que eu não gosto é a pessoa que xinga e sai correndo. Isso aqui não dá. Esse negócio de xingar e sair correndo é coisa de rua, de moleque de rua”, disse Haddad a jornalistas. Ele afirmou estar aberto a dialogar com líderes e bancadas no Congresso.

Na quarta-feira (11), durante sessão conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) criticaram a política econômica do governo Lula (PT), apontando aumento de impostos, da inflação de alimentos e da taxa básica de juros.

Segundo Haddad, os parlamentares deixaram o plenário após os ataques, sem ouvir a réplica. “Esse tipo de postura, esse tipo de molecagem de Nikolas e Jordy, que correram do debate, não vai adiantar”, afirmou. “Quem sabe eles aparecem aqui ou ouçam essa gravação no YouTube para ver se aprendem um pouco de conta pública.”

Após as críticas, os deputados retornaram à comissão. Carlos Jordy chamou o ministro de “moleque” e o acusou de ter promovido o maior déficit fiscal da história. “Moleque é você por ter feito o maior déficit da história: R$ 230 bilhões. Não venha querer cantar de galo aqui, você é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o Parlamento”, disse.

Na sequência, Nikolas Ferreira tentou rebater Haddad, mas foi interrompido pelo presidente da sessão, o deputado Rogério Correia (PT-MG), que alegou que o colega falava “aos berros”. A tentativa de retomada da ordem resultou em novo tumulto, e a sessão foi encerrada. O ministro deixou o plenário sem retomar a fala.

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