Publicado em 14/11/2017 às 12h20.

‘A Ufba não faz censura’, garante reitor após polêmica com filme

A universidade "é um espaço de liberdade do pensamento, mas não de expressão da intolerância", garantiu João Carlos Salles

Alexandre Galvão
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, afirmou ao bahia.ba que o cancelamento da exibição do filme “O Jardim das Aflições”, que conta a vida do filósofo de direita Olavo de Carvalho, não teve motivação ideológica.

Segundo o gestor, a organização do evento não comunicou o centro acadêmico em tempo hábil a ocorrência da exibição da montagem.

“A Ufba não faz censura, mas temos responsabilidade. Considero que a decisão de não realizar o evento naquele auditório foi acertada. Até por conta do número de pessoas, que era muito superior à capacidade do local. Fiquei sabendo do evento no sábado à noite e a própria organização alertou sobre a possibilidade de conflito”, relatou, ao bahia.ba.

Salles disse ainda que decidiu suspender o evento com base no alerta de conflito. “Se o confronto fora já foi ruidoso, imagine se fosse dentro do auditório. Poderia ser bem pior. Não houve censura ao conteúdo”, reforçou, ao dizer que a Ufba “é um espaço de liberdade do pensamento, mas não de expressão da intolerância”.

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