Publicado em 10/03/2025 às 12h30.

Atores são baleados ao serem confundidos com criminosos durante gravação de filme

Rodrigo Batista, diretor diretor do grupo Fatos de Favela afirmou que a polícia não teve culpa no ocorrido

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Dois atores foram baleados na tarde de domingo (9), no bairro de Cosme de Farias, em Salvador, após serem confundidos com criminosos durante as gravações de um filme. Segundo a Polícia Militar, os artistas estavam usando réplicas de armas de fogo sem a devida identificação, o que causou o mal-entendido.

As réplicas de pistolas, submetralhadoras e fuzis não possuíam as pontas coloridas, conforme a legislação federal exige para armas réplicas, o que dificultou a identificação pelas autoridades. Além disso, a PM não havia sido previamente informada sobre a filmagem.

Os dois atores foram atingidos, um no rosto e o outro na região das nádegas, sendo encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE). O estado de saúde deles não foi divulgado.

A Polícia Militar informou que, ao serem acionados para apoiar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), os policiais encontraram cerca de 10 homens armados. Ao abordá-los, houve troca de tiros, e os suspeitos correram para se proteger. Durante a abordagem, um dos homens foi detido com duas réplicas de pistola. Ele afirmou que participava da gravação e, posteriormente, foram encontradas 25 réplicas de armas e um rádio comunicador. O material apreendido foi levado para a delegacia.

Rodrigo Batista, diretor do grupo Fatos de Favela, responsável pela produção do filme, se manifestou nas redes sociais, explicando o ocorrido. Ele afirmou que, após a filmagem, os banners que indicavam o local como set de gravação foram retirados e as réplicas das armas estavam sendo guardadas. Segundo ele, a confusão ocorreu quando policiais chegaram ao local e viram os atores ainda com as armas nas mãos.

Batista admitiu que o grupo errou ao guardar as réplicas em um local público, mas destacou que não houve intenção de causar problemas. “Graças a Deus ninguém morreu”, afirmou.

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