Publicado em 14/04/2025 às 12h11.

Bruno rebate críticas à venda de áreas verdes e diz que locais ‘não têm qualquer utilidade’

“Vai lá nessa área verde e vê se você acha uma grama, não é a área verde, gente. De verde não tem nada", disse o gestor municipal

André Souza / Fredie Ribeiro
Foto: André Souza/bahia.ba

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) rebateu em entrevista ao bahia.ba nesta segunda-feira (14) as críticas feitas aos leilões de terrenos de áreas verdes em Salvador, organizados pela Prefeitura. “Vai lá nessa área verde e vê se você acha uma grama, não é a área verde, gente. De verde não tem nada. Verde é o que a prefeitura fez, já plantou 130 mil árvores”, afirmou o gestor municipal.

A área mencionada por Bruno se trata do terreno no canteiro central da orla do bairro de Patamares, próximo ao Circo Picolino, que teve seu leilão relançado pela Prefeitura no final de março, após uma primeira tentativa malsucedida em fevereiro, onde não houve lances.

Reis definiu o terreno como “uma área que não tem nada” e pontuou que a licitação prevê a construção de “um oceanário, um grande aquário para atrair visitantes, turistas para a nossa cidade”, e que as principais instalações do local, como o Circo Picolonio e a pista de Bicicross foram preservadas.

O gestor também voltou a defender a venda de terrenos, como o de Patamares, por serem “áreas que não têm qualquer utilidade para o poder público”.

“Uma área como essa pode render, eu já fiz essas contas para vocês [da imprensa], ITIV [Imposto de Transmissão Inter Vivos], ISS [Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza], gerar milhares de empregos, estimular toda a economia que vai desde publicidades que divulga o empreendimento, há designs que trabalham, há tanta gente que trabalha, depois tem o ITIV que adquire, depois passa a pagar IPTU”, disse o prefeito, em entrevista durante a cerimônia de assinatura do termo de compromisso do Bolsa-Atleta Salvador 2025.

Morro do Ipiranga

Bruno também comentou sobre a ação movida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA) contra a licitação do Morro do Ipiranga, outra venda de terreno que tem sido alvo de críticas. Reis defendeu o processo ao afirmar que a área em questão é “antropizada” e “sem qualquer utilidade para as pessoas”, e afirmou que está “contestando a ação”.

“O que nós estamos fazendo ali é a desafetação e alienação de uma área que não tem qualquer utilidade para as pessoas, que pode render recursos expressivos, para permitir investimentos em diversas áreas, que não atrapalha ninguém, que não tira vista de ninguém. Tenho convicção de que a justiça vai prevalecer. Nós estamos contestando a ação, respondendo a esses 70 questionamentos”, declarou o gestor municipal.

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