.
Publicado em 06/12/2025 às 08h36.

Bruno rebate críticas de Jerônimo e defende atuação de ambulantes perto de escolas

Prefeito ressaltou que, se houver ambulantes vendendo produtos ilícitos ou agindo fora da lei, “cabe à polícia prender e tomar as providências”

André Souza / Luana Neiva
Foto: Joá Souza/GOVBA

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), respondeu nesta sexta-feira (5) às declarações do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sobre a presença de ambulantes em frente a escolas. O gestor municipal defendeu o comércio informal e afirmou que críticas generalizadas penalizam trabalhadores informais honestos

“A gente lamenta determinadas declarações porque acabam penalizando o cidadão de bem, o homem dessa cidade que trabalha no comércio informal. A gente sabe a importância da atividade informal. Temos na cidade uma parte significativa da nossa economia formada por pessoas no comércio informal”, afirmou o prefeito durante a abertura da programação do Natal Luz Salvador 2025.

Ele ressaltou que, se houver ambulantes vendendo produtos ilícitos ou agindo fora da lei, “cabe à polícia prender e tomar as providências”. No entanto, a responsabilização deve recair apenas sobre os infratores, e não sobre os ambulantes de boa-fé: “Não penalizar milhares de pais e mães de família que dependem do comércio informal para garantir seu sustento”.

As declarações do prefeito respondem diretamente a críticas do governador Jerônimo Rodrigues à presença de barracas instaladas nos muros de escolas estaduais de Salvador. Em entrevista na quinta-feira (4), o governador declarou que:

“Barraca na porta da escola não é coisa boa. Da mesma forma que vende um lanche, uma água, pode ter uma daquelas que não venda ou que não negocie coisa boa.”

Jerônimo defendeu ainda que os muros das escolas devem permanecer desobstruídos, alegando que a presença de ambulantes poderia representar riscos ou ferir normas urbanísticas. Segundo ele, a reorganização dos ambulantes dependeria de apoio da prefeitura.

Bruno Reis, no entanto, rebateu a sugestão de que todos os ambulantes fossem removidos, afirmando que “a eliminação indiscriminada da informalidade atingiria famílias inteiras que dependem desse trabalho para sobreviver”. Para ele, a repressão deve ser seletiva e focada apenas em casos de irregularidade, sem prejudicar aqueles que exercem suas atividades de forma honesta.

 

André Souza
Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.