Publicado em 27/05/2025 às 11h57.

Bruno Reis afirma que reajuste para rodoviários ‘não depende da Prefeitura’

Prefeito espera acordo entre rodoviários e empresários após anúncio de greve em Salvador e alerta para déficit do sistema de transporte

João Lucas Dantas / André Souza
Foto: Betto Jr./ Secom PMS

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou ao bahia.ba que o reajuste do salário dos rodoviários “não depende da Prefeitura”. A categoria decretou greve na capital por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (29). Segundo o gestor, já houve diálogo com o presidente do sindicato e também um apelo ao empresário que conduz as negociações, para que ambas as partes cheguem a um entendimento.

“Esse reajuste é uma relação entre empregador e empregado. Amanhã tem a última audiência de conciliação. Os empresários já entraram com o dissídio. Espero que, amanhã, eles possam se entender. Caso não haja acordo, espero que a Justiça possa, amanhã mesmo, julgar o dissídio e determinar um valor justo para o reajuste. Pelo que entendi, os empresários estão dispostos a pagar a inflação do período e, naturalmente, diante das dificuldades que o país enfrenta, a perda do poder de compra, há um pleito por reajuste acima da inflação”, afirmou o chefe do Executivo municipal durante pronunciamento sobre a greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), nesta terça-feira (27).

O prefeito critica a situação e diz que “a operação das empresas é deficitária”. Segundo o gestor, sem o subsídio fornecido pela Prefeitura de Salvador, “a cidade não teria transporte público”. “Então, diante desse cenário complicado, sabendo das consequências de uma paralisação para o usuário, para o município, mas também para o próprio sistema, porque, no final do mês, há salários a serem pagos e, se as empresas perdem faturamento, passam a ter dificuldade de pagar esses salários, ou seja, se torna ainda mais difícil”, acrescenta.

Reis destacou que a diferença entre o que empregadores e empregados estão dispostos a pagar não é grande, mas representa um impacto significativo num sistema já deficitário. “Falo isso com propriedade, pois conhecemos a fundo esses números. Hoje, a arrecadação das tarifas é insuficiente para cobrir as despesas do sistema. É a Prefeitura que complementa essa diferença com subsídio.”

Alternativas em caso de greve

O prefeito promete alternativas para que os trabalhadores e os usuários do transporte público de Salvador não fiquem desamparados caso a greve se confirme. Segundo ele, sistemas complementares serão disponibilizados e estão em andamento negociações para que parte da frota continue operando. “Eu tive conversas para que isso possa ocorrer”, prometeu.

Bruno Reis reforçou o apelo por um acordo entre as partes. “A gente pede que haja esse entendimento. Caso não ocorra e a paralisação se confirme, teremos algumas alternativas para apresentar à população”, concluiu.

João Lucas Dantas

Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Política e Cultura no portal bahia.ba.

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