Publicado em 12/01/2016 às 12h30.

Capitania apura passagem de navio na travessia Mar Grande/SSA

Atleta Claudio Britto denunciou ocorrido pela rede social e relatou como o incidente o prejudicou na prova; Ele terminou em sétimo lugar

Juliana Dias
Foto: Arquivo Pessoal/ Claudio Britto
Foto: Arquivo Pessoal/ Claudio Britto

 

A 52ª edição da Travessia Mar Grande/Salvador, realizada na manhã do último domingo (10), poderia ter terminado em tragédia. Isto porque um navio cargueiro invadiu o canal de navegação dos nadadores que participaram da competição. A denúncia foi feita pelo atleta Claudio Britto pela rede social Facebook. No relato, o atleta comenta a imprudência da embarcação e como o incidente o prejudicou a prova. A Capitania dos Portos informou, em nota, que vai instaurar um inquérito administrativo pela Marinha do Brasil para apurar se a passagem da nau “Santa Angelina” pelo local obedeceu aos requisitos de segurança.

“Todo ano acontece de navio passar no meio da prova. Eles (a Capitania e a Federação Baiana de Desportos Aquáticos – FBDA) dizem que a baía é fechada durante quatro horas, inclusive eles falam que se a prova passar de meio-dia,  os atletas têm que ser retirados da água”, contou Claudio à reportagem do bahia.ba. De acordo com o comunicado divulgado pela Capitania dos Portos, não está prevista a interdição do canal de navegação na Baía de Todos-os-Santos para a realização de eventos desportivos náuticos, porém, as embarcações foram alertadas sobre “a existência de nadadores na água, por meio de Aviso-Rádio Náutico a previsão de realização do evento, além de terem sido enviadas para o local três equipes de Inspeção Naval, que foram posicionadas nos pontos de largada e chegada e ao longo do percurso da competição”.

 

Foto: Arquivo Pessoal/ Claudio Britto
Foto: Arquivo Pessoal/ Claudio Britto

 

O nadador Claudio Britto, que é medalha de ouro na categoria Master C, ficou em sétimo lugar na classificação geral da 52º Travessia. Segundo ele, sua performance foi prejudicada pelo navio, uma vez que teve que parar de nadar para esperar a passagem para não correr o risco de a turbulência da hélice o sugar. “Minha denúncia é só para que nós, nadadores, sejamos respeitados durante uma prova, sem ter que se preocupar se um navio vai prejudicar ou não nossa estratégia. Eu estava numa posição muito boa e fui prejudicado por essa situação”, lamenta.

Em mais de 20 anos de atuação como treinador de diversos competidores que fazem a travessia Mar Grande/Salvador, Ricardo Santana comenta nunca ter vivenciado uma situação como a que ocorreu com Claudio Britto e Paulo Victor, ambos da sua equipe. “O que aconteceu no domingo foi uma falta de respeito com os atletas. Quando o navio passou, eles foram puxados e ficaram desesperados com a situação. Se eles não soubessem nadar bem a ponto de se safar, poderia ter terminado em um grave acidente”, disse o treinador do  Yacht Clube da Bahia.

Confira vídeo que mostra o momento em que a embarcação passava pelos nadadores:

https://www.youtube.com/watch?v=X7PoQBNhW9M

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