Publicado em 04/12/2024 às 08h42.

Caso de adolescente morto por PM na Garibaldi será apurado com rigor, diz governador

Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que 'exageros' cometidos por agentes de segurança serão punidos

Alexandre Santos / André Souza
Foto: André Souza/bahia.ba

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta quarta-feira (4) ter determinado rigor na apuração da morte de Gabriel Santos Costa, baleado por um policial militar na madrugada de domingo (1º), na avenida Garibaldi, em Salvador. O adolescente e outro jovem de 19 anos foram alvejados quando já estavam rendidos. A outra vítima sobreviveu e está hospitalizada.

Antes de um evento para o lançamento da Operação verão, Jerônimo disse que “exageros” cometidos por agentes de segurança serão punidos.

“Cada ato desse comove bastante a gente, a tropa e a população baiana. Primeiro, meus sentimentos aos familiares daqueles que perdem a vida ou que, por ventura, ficam, digamos assim, machucados espiritualmente. A outra decisão tomada é sempre chamar o secretário de Segurança Pública [Marcelo Werner] e pedir que apure. Quando o caso é na Polícia Civil, à delegada-geral. Quando é na Polícia Militar, ao comandante geral, assim como o DP. Então a apuração de imediato e punição para aqueles que de repente tiveram infringido a lei. A gente não abre mão”, afirmou o governador.

A declaração foi dada à reportagem da TV Bahia.

Após se apresentar  no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o soldado Marlon da Silva Oliveira alegou ter atirado em Gabriel e no outro rapaz em legítima defesa diante de uma suposta tentativa de assalto. Como não houve flagrante, ele foi liberado. Familiares de Gabriel classificam o episódio como “execução”.

A Polícia Civil aguarda julgamento de um segundo pedido de prisão preventiva —o primeiro não foi atendido porque o plantão Judiciário não o considerou urgente.

Na entrevista à TV Bahia, Jerônimo Rodrigues foi questionado ainda sobre o caso de um mototaxista por aplicativo morto por policiais quando voltava do trabalho para casa. Os agentes envolvidos alegaram que o homem teria participado de roubos e trocado tiros com a polícia. A família da vítima também contesta a versão.

“Cada caso que acontece desse, eu recebo praticamente no automático. O secretário Marcelo apura, me informa do fato, e eu peço que imediato possa botar a Corregedoria, fazer uma escuta na ouvidoria, o que houver de informação, para não ser injusto com qualquer um, mas que também possa fazer a apuração. Então, em todos os casos nós não abrimos mão do rigor”, afirmou o governador.

 

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