Publicado em 28/05/2025 às 14h05.

Em meio à greve, prefeito volta a defender reajuste salarial dos servidores: Acabou a discussão

Bruno Reis afirmou que o piso será cumprido e que professores de Salvador “chegam a ganhar até 20 mil”

Fredie Ribeiro / André Souza
Foto: Betto Jr./ Secom PMS

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou nesta quarta-feira (28) que espera que os “professores voltem para a sala de aula” após o reajuste nos salários dos servidores municipais ter sido sancionado pela Câmara Municipal de Salvador (CMS) na terça-feira (27). “Acabou a discussão. Não há mais discussão em relação ao piso”, declarou o prefeito em entrevista ao Jornal Bahia Meio Dia, da Rede Bahia.

Segundo Bruno, o projeto sancionado pela CMS prevê a incorporação da gratificação de 45%, antes utilizada pela prefeitura como “efeito de piso”, medida a qual o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) era contrária. Com isso, os salários dos servidores municipais serão pagos de acordo com o piso do setor, a partir do mês de junho.

“No contra-cheque do mês de junho, vai ter lá vencimento o piso, e esse piso é variável. De 4.687 até mais de 9 mil só de piso, quando incidem outras gratificações. E eu preciso dizer isso aqui sem ferir vaidades ou sem querer polemizar, mas efetivamente tem professores em Salvador que chegam a ganhar 20 mil reais. Na média [tem] quem ganha 5,7 mil a 20 mil reais, essa média chega a 9.200 reais, esses números são públicos.”

Ainda na terça-feira (27), o Sindicato dos Servidores e Servidoras da Prefeitura de Salvador (Sindseps) anunciou o estado de greve para funcionários do setor. Bruno, por sua vez, afirmou que Prefeitura seguirá a disposição para debater outras melhorias salariais com os servidores no futuro, e fez um apelo pelo encerramento da greve.

“Ontem à noite teve uma reunião no Ministério Público até tarde. Eles [da APLB] pediram prazo de 24 horas para entender as mudanças na legislação. Vão voltar amanhã de manhã [Quinta-feira, 29 de Maio] a se reunir. A gente faz um apelo para que a greve termine. E as eventuais discussões de mais vantagens, mais direitos, a gente vai seguir discutindo. E tem toda a disposição do prefeito de remunerar o que for o melhor dentro das nossas limitações orçamentárias e financeiras”, disse o prefeito.

O texto, aprovado pelo Legislativo em uma sessão marcada por protestos e agressões na última quinta-feira (22), e sancionado dias depois, define o reajuste nos salários dos docentes a partir de níveis, com percentuais que variam de 6,27% a 9,25% da seguinte forma:

9,25% (nove vírgula vinte e cinco por cento) para o Nível 1/Referência A

6,65% (seis vírgula sessenta e cinco por cento) para o Nível 1/Referência B

6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), a partir do Nível 1/Referência C

6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), para o quadro suplementar do magistério público

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