Publicado em 11/08/2025 às 14h32.

Conferências territoriais definem prioridades para políticas de gênero na Bahia

Etapa em Salvador reúne organizações, movimentos e sociedade civil para contribuir com encontros estadual e nacional

Redação
Foto: Feijão Almeida/ GOV-BA

Representantes de órgãos públicos, movimentos de mulheres, coletivos feministas e integrantes da sociedade civil de Salvador e da Região Metropolitana se reuniram, nesta segunda-feira (11), no Instituto Anísio Teixeira, na capital baiana, para a 5ª Conferência Territorial de Políticas para as Mulheres. O encontro, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), faz parte de uma série de conferências preparatórias para as etapas estadual e nacional, que vão definir as principais demandas da Bahia para o planejamento de políticas de gênero nos próximos anos.

A secretária da SPM, Neusa Cadore, destacou que a conferência territorial é parte de um processo de construção coletiva, que garante que diferentes realidades e demandas cheguem às etapas seguintes. “Em julho, 167 municípios realizaram conferências municipais. Esta é uma fase de reunião de propostas, diálogo com os conselhos municipais e criação de organismos em cada cidade, para que essa agenda seja permanente. Esse debate vai ajudar a construir um plano estadual e nacional para as nossas mulheres”, afirmou.

Com o tema “Mais democracia, mais igualdade e mais conquista para todas”, a etapa territorial, realizada desde a última semana, conta com seis eixos temáticos: participação política paritária; enfrentamento às violências de gênero; autonomia econômica; saúde integral e direitos sexuais e reprodutivos; educação não sexista; e direito ao território com sustentabilidade. Esses assuntos também foram debatidos nas conferências realizadas em Barreiras, Seabra, Riacho de Santana, Eunápolis e Teixeira de Freitas.

Atuando em uma organização da sociedade civil em Camaçari, Ana Cláudia Souza destacou a importância do diálogo. “Aqui é uma união de esforços, de boas ideias. Espero que não apenas o eixo do GT social, mas todos tenham suas demandas acolhidas nas esferas federal, estadual e municipal. É juntos que vamos garantir mais justiça social para as mulheres”, disse.

Para Eunice Pereira, que atua na gestão de ações educativas da Defesa Civil de Salvador, a prioridade é pensar políticas de assistência para mulheres que vivem em áreas de risco. “Meu interesse é reforçar a proposta de assistência psicossocial para mulheres vítimas de desastres, uma das demandas do meu trabalho. Quero levá-la para aprovação nas conferências estadual e nacional”, explicou.

Até sexta-feira (15), ainda acontecerão conferências em Paulo Afonso, Jacobina, Brumado, Valença, Juazeiro, Valente, Cícero Dantas, Vitória da Conquista, Alagoinhas, Feira de Santana, Ipirá, Itabuna, Amargosa, Irecê e Governador Mangabeira. Nessas etapas, também serão eleitas as delegadas que representarão seus territórios na Conferência Estadual, marcada para 27 a 29 de agosto, e na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que ocorrerá em setembro, no Distrito Federal.

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