Publicado em 16/07/2025 às 16h00.

Em carta pública, Movimento de Mulheres Negras pede atendimento de reivindicação dos professores

No documento, o coletivo pede o pagamento do piso salarial dos professores e a retomada das aulas nas escolas públicas municipais

Neison Cerqueira
Foto: reprodução redes sociais

 

Em carta pública entregue ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), o Movimento de Mulheres Negras pediu o encerramento da greve da educação no município, solicitando que a prefeitura avance na negociação com os representantes sindicais dos professores na Bahia.

O movimento que assinou a carta é composto pelos seguintes coletivos: União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO), o Instituto da Mulher Negra Odara, o Coletivo Angela Davis, o Fórum Marielles, a Marcha das Mulheres Negras da Bahia, a Rede de Mulheres Negras da Bahia, o Coletivo de Mulheres Negras Nzinga e a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).

No documento, o coletivo pede o pagamento do piso salarial dos professores e a retomada das aulas nas escolas públicas municipais. O movimento destacou ainda os graves impactos da paralisação na vida de mais de 130 mil crianças e de suas famílias, especialmente das mães negras trabalhadoras.

Há também uma grande adesão de diversas organizações comprometidas com a educação, os direitos das mulheres negras e a justiça social.

Na carta, as entidades que já assinaram a carta pública e integram esse esforço coletivo pedem diálogo para solucionar a crise na educação municipal. “Reiteramos que não é normal negar educação, creche, alimentação escolar e dignidade às mães negras e suas crianças. É urgente que a Prefeitura de Salvador dialogue com responsabilidade e solucione esta crise”, diz um trecho.

A greve

A greve dos professores já dura mais de dois meses e segue sem previsão de encerramento. De acordo com a APLB Sindicato, entidade que representa a categoria, ainda não houve avanço nas negociações com a Prefeitura que possibilite o retorno às atividades escolares.

Movimento grevista é ilegal, diz STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um pedido da APLB-Sindicato para anular a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que declarou ilegal a greve dos professores da rede municipal de Salvador. A decisão foi proferida pelo ministro Dias Toffoli, que manteve os efeitos da determinação da Justiça baiana, incluindo a suspensão do movimento grevista e o retorno imediato dos servidores às salas de aula.

321 escolas estão funcionando

No último dia 10 de julho, a Prefeitura de Salvador informou que aproximadamente 78% das escolas da rede municipal estão em funcionamento, apesar da greve dos profissionais da educação. Segundo a Secretaria Municipal da Educação (Smed), 321 das 412 unidades retomaram as atividades nos últimos dias, em razão do retorno gradual de parte dos servidores às funções.

Neison Cerqueira

Jornalista. Apaixonado por futebol e política. Foi coordenador de conteúdo no site Radar da Bahia, repórter no portal Primeiro Segundo e colunista nos dois veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e atualmente é repórter no portal bahia.ba.

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