Publicado em 03/02/2022 às 19h10.

Em dia de volta às aulas presenciais, escola municipal reabre sem água, energia e merenda

Ao bahia.ba, pais e professores informaram que alunos precisaram sair antes do horário devido a "situação precária" da escola

Leilane Teixeira
Foto: divulgação arquivo pessoal
Foto: divulgação arquivo pessoal

 

Banheiros sem água, salas com equipamentos danificados, falta de merenda e falta de energia: assim foi o estado que a Escola Municipal Joir Brasileiro, localizada no bairro de Brotas, recebeu os alunos no retorno das aulas presenciais, que ocorreu nesta quinta-feira (3). O que deveria ser um momento de boa recepção aos alunos, que ficaram quase dois anos sem aula presencial, se tornou um momento de angústia para professores e pais de estudantes que denunciaram a situação da escola.

“A situação está precária. A escola não tinha nenhuma condição de receber aluno dessa forma. Não tem água, energia e nem merenda. Essa é a única escola municipal na região e atende diversos alunos. A gente teme que a escola feche, porque cada dia mais a situação fica ainda pior. Já levamos o caso diversas vezes para Secretaria Municipal de Educação (Smed) e mesmo assim nada foi feito nesse período que a escola estava fechada devido a pandemia. Agora, retomaram as aulas assim, sem nenhuma estrutura. Inclusive, os alunos precisaram ser liberados mais cedo porque não teve condição de ficar em um ambiente assim. Precisamos que a reforma seja feita e não que a escola seja fechada”, contou ao bahia.ba a professora e representante do Conselho Tutelar Leila Adorno

Devido a situação de descaso, 50 pais de alunos já decidiram retirar os filhos da unidade, que tinha 320 alunos e, agora, o número de matriculados caiu para 270. “É complicado demais para a gente. Eles ficam jogando para cima da gestão [direção], só que a gestão não tem nada a ver. Eles [da Smed] que deveriam estar aqui, resolver isso e ter um olhar diferenciado para nossos filhos. Porque eu sou mãe, estou falando aqui como mãe. Não reformam a escola e ainda ficam reclamando. Eles precisam reformar a escola para que nossos filhos tenham um estudo digno”, disse Sueli, mãe de um dos alunos da unidade.

Procurada pelo bahia.ba, a Secretaria Municipal da Educação informou que está apurando a situação e em breve irá se pronunciar.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.