Publicado em 10/05/2018 às 17h00.

Estudo aponta dificuldade de acesso a dados públicos sobre a capital

Salvador apresentou dados negativos em transporte público (35%), leis municipais (50%) e qualidade do ar (50%); ao todo, 18 dimensões foram avaliadas

Redação
Foto: Nilton Souza
Foto: Nilton Souza

 

Um estudo recente que conta com o apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA) apontou dificuldade de acesso a dados públicos sobre a capital baiana. Salvador ficou no último lugar no ranking do estudo Índice de Dados Abertos para Cidades, que mede o grau de transparência e usabilidade das informações governamentais urbanas disponíveis em plataformas digitais online.

De acordo com os dados, Salvador apresentou o menor número percentual (5%) de bases de dados abertos entre oito cidades: Belo Horizonte, Brasília, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia. A iniciativa conta com o apoio do MP.

No total das cidades, 136 bases foram avaliadas e apenas 25% delas foram consideradas de acordo com a definição de dados abertos – definidos como aqueles que qualquer pessoa pode livremente usar, reutilizar e redistribuir.

O ‘Índice Salvador’ foi elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela organização OpenKnowledge Brasil, em parceria com o Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Ufba e com entidades locais da sociedade civil.

Na avaliação das bases, foram considerados alguns critérios: se os dados eram completos e detalhados, primários, atuais, acessíveis, processáveis por qualquer computador, livres de licença e formatáveis. O estudo considerou informações sobre algumas dimensões de serviços como transporte público, gastos públicos, meio ambiente (qualidade do ar e da água), dados eleitorais, segurança pública, entre outros.

Salvador apresentou resultados positivos em estatísticas de criminalidade (85%), dados orçamentários da rede estadual e municipal de educação (90%), dados eleitorais (100%); mas negativos em transporte público (35%), leis municipais (50%) e qualidade do ar (50%). Ao todo, 18 dimensões foram avaliadas.

Segundo o pesquisador da Diretoria de Análise Política Pública da FGV, Wagner Oliveira, a avaliação não se refere à prefeitura de Salvador, mas à cidade, incluindo diversas bases de dados.

Os resultados do estudo podem ser acessados aqui.

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