Publicado em 06/07/2018 às 15h00.

Falta de atenção e desuso de passarelas contribuem para atropelamentos

Existem 40 passarelas espalhadas pela cidade, entre elas a de Chame-Chame, que possibilita a travessia entre o Shopping Barra e o Victória Center, e é uma das rejeitadas frequentemente pelos transeuntes

Rayllanna Lima
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

 

O pedestre é a segunda maior vítima de acidentes no trânsito, e as principais causas dos acidentes são provocados pela desatenção e a não observância das regras de trânsito, como atravessar quando o sinal estiver fechado, utilizar as passarelas e evitar fazer a travessia pelo meio da via.

De acordo com dados disponíveis no site da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), o número de atropelamentos no ano passado foi inferior a 2016, com redução de 964 para 871, o que representa queda de quase 10%.

Para o especialista em trânsito, instrutor Roque Pedreira, se as determinações feitas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fosse seguidas à risca, o número de acidentes seria muito menor.

“Hoje em dia temos muitas passarelas, muitas mesmo. E as sinaleiras, em sua maioria, novas e de tecnologia avançada. O que provoca acidente é a desatenção de pedestres e motoristas. O pedestre insiste em ignorar a passarela e se arriscar entre os carros, por achar que é mais rápido. Pode até ser [mais rápido], mas com certeza não é mais seguro. E o motorista erra porque está sempre com pressa para chegar a lugar nenhum. Sinal amarelo já é para reduzir e parar, não é para correr e avançar”, afirmou em entrevista à Tribuna da Bahia.

Segundo informações da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), existem 40 passarelas espalhadas pela cidade. Entre elas está a passarela Chame-Chame, que possibilita a travessia entre as proximidades do Shopping Barra e o Victória Center, na Avenida Centenário, e é uma das rejeitadas frequentemente pelos transeuntes.

Funcionária de uma loja do shopping, Fernanda Lopes, 25, passa pelo equipamento quase todos os dias, mas não da forma que deveria.

“É errado, mas na minha opinião que faltou logística. Há um bom tempo colocaram sinaleira, enquanto reformava a passarela. Foi muito melhor e mais prático. Acho que passarela deveria ser mais implantada em avenidas de muito movimento, como na Paralela, que tem lugar que andamos muito para conseguir atravessar. Aqui na Barra o trânsito é lento, a gente passa sem dificuldade. É mais erro da falta de sinaleira, que dá mais agilidade, do que das pessoas que não usam [a passarela]”, justificou Fernanda, que também é universitária e cursa ciências contábeis.

Acidentes de trânsito – A Avenida Luís Eduardo Magalhães, popularmente conhecida como Avenida Paralela, concentra o maior número de acidentes de trânsito, de acordo com a Transalvador. Somente nos cinco primeiros meses deste ano, 100 acidentes que resultou em quatro pessoas mortas foram registradas. Em segundo lugar está a Avenida ACM, com 79 registros de acidentes durante o mesmo período.

Quase metade da frota de veículos da capitam baiana transitam por essas avenidas. E, na maioria das vezes, os acidentes são também por falta de atenção e desobediência das regras. Entre as principais estão a mistura do álcool com direção e o exagero do pé no acelerador.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.